O ensino de História e as relações étnico-raciais numa escola cívico-miliar de Araguaína - TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Francy Leyla Salazar da
Orientador(a): Batista, Dimas José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de História - ProfHistória
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/4374
Resumo: A presente pesquisa fomenta o debate das relações étnico-raciais no ensino de História numa escola cívico-militar de Araguaína – TO, com objetivo de contribuir para o processo de formação de consciência crítica e reflexão sobre as identidades dos educandos e educandas negros/as do 2º Ano do Ensino Médio. Para tanto, partimos de uma perspectiva decolonial e negra. Tais discussões perpassam por conceitos como o de raça, etnia, racismo, colonialidade, interseccionalidade, identidade negra. A proposição deste estudo parte da constatação empírica, bibliográfica e documental, do ainda constante silenciamento e mesmo folclorização da negritude no currículo das humanidades, e consequentemente no ambiente escolar, o que contribui para a reprodução de estereótipos negativos acerca dos negros e perpetuação de uma epistemologia predominantemente eurocêntrica, branca e racista. Desse modo, valemo-nos dos estudos acerca das relações raciais de alguns dos principais nomes da intelectualidade negra no Brasil e no mundo, além dos estudos clássicos sobre a temática, dos movimentos sociais negros; das novas conceituações e perspectiva do Grupo Modernidade/Colonialidade; dos propósitos de uma educação para consciência crítica de Paulo Freire; e também daqueles que se dedicam aos estudos sobre a cultura escolar. Ressaltamos ainda a importância das dissertações do ProfHistória, que nos auxiliaram na produção deste texto. As atividades realizadas, e que forneceram os dados para esta pesquisa, foram propostas em consonância com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, e com as Diretrizes Nacionais Curriculares de orientação para a educação étnico-racial. Para esta pesquisa, adotamos os procedimentos metodológicos da pesquisa-ação, recorrendo ao questionário semiestruturado para descrição do perfil dos educandos-colaboradores, selecionados a partir do recorte racial e de sua participação em trabalho coletivo e investigativo denominado Mostra de História e Cultura Afro-Brasileira. Este último, realizado em sala de aula no ano letivo de 2019, foi produzido a partir de aulas motivacionais, palestra com representantes do Movimento Negro/Quilombola, pesquisa com utilização de fontes diversas, produção de material visual e relatório. As rodas de conversas nos serviram como mecanismo de escuta do outro e reflexão acerca da questão racial, do debate feminista negro e da identidade negra, com os educandos-colaboradores dos 2º anos. As análises realizadas evidenciam a presença do racismo nas relações escolares, mas também mostram que as atividades didáticas desenvolvidas fomentam práticas antirracistas, e contribuem para o processo de conscientização e reflexão identitária dos educandos e educandas. Nesse sentido, como produto didático-pedagógico, apresentamos a sequência da Mostra Escolar de História e Cultura Afro-brasileira, no formato de um Caderno de Experiências Didáticas.