Análise econômica e socioambiental da produção extrativista de frutos do cerrado: o caso da Cooperfruto, Tocantins
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/227 |
Resumo: | Visto como adequado à exploração e expansão das atividades agropecuária, o bioma cerrado vem sofrendo uma ininterrupta diminuição de sua cobertura vegetal a um ritmo de 2,2 milhões de hectares por ano. Ocorrendo a substituição de sua vegetação nativa por atividades de exploração intensiva, evidenciando o descompasso das interações do atual sistema econômico e o meio ambiente. A Economia Ecológica como uma ciência multidisciplinar busca favorecer soluções estruturais para os problemas ambientais. Tendo seu domínio como a totalidade da rede de interações entre os setores econômico e ecológico. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é avaliar, sob a ótica da Economia Ecológica, a sustentabilidade economia da Cooperativa Agroflorestal Nordeste do Tocantins – Cooperfruto, unidade exploração de frutos nativos do cerrado e exóticos, bem como analisar a influência socioambiental da referida atividade sobre os seus fornecedores. Para tanto utilizou-se a Análise Custo Beneficio – ACB no estudo da viabilidade do empreendimento, empregando diferentes taxas de descontos. A análise social foi realizada por meio da aplicação do Índice de Qualidade de Vida – IQV. Assim como, empregou-se o método Pressão-Estado-Resposta (PER) na pesquisa da influência da atividade sobe o aspecto ambiental das propriedades dos fornecedores. Os resultados demonstrados pela ACB, segundo a racionalidade econômica retratam a inviabilidade do empreendimento. Adotando a ACB sob a visão dos subsistemas estável foi possível verificar viabilidade do empreendimento mediante alteração no sistema de produção e na gestão da unidade. Aplicando o Índice de Qualidade de Vida no estudo da sustentabilidade social da atividade exercida pelos fornecedores conclui-se que os mesmos possuem IQV classificado como médio. Os indicadores saúde, comunicação e lazer e renda influenciaram negativamente a composição do Índice de Qualidade de Vida. A renda mensal dos dois grupos é baixa, com 22% dos cooperados extrativistas, 33% dos cooperados não extrativistas e 63% dos não cooperados extrativistas, 21% dos não cooperados não extrativistas tendo rendimentos mensais dentro da faixa salarial de 1,01 a 1,99 salários mínimos. Ao passo que as maiores contribuições para a composição do IQV dos fornecedores vieram dos indicadores transporte, bens duráveis, habitação, infraestrutura. Empregando o Método PER foi possível verificar que as formas de coleta empregadas na atividade extrativista desenvolvida pelos fornecedores da Cooperfruto não têm exercido pressão sobre o ambiente explorado. As atividades agropecuárias, a prática de queimadas e a ausência de obras que visem à conservação das estradas rurais configuraram-se como objeto de pressão sobre o meio ambiente, no qual estão inseridas as propriedades rurais dos fornecedores. Já o cultivo das plantas nativas do cerrado foi relatado por 35% dos cooperados extrativistas, 50% dos cooperados não extrativistas e 75% dos não cooperados extrativistas, sendo apontado pelos mesmos como uma resposta às ações da cooperativa. De forma geral as propriedades dos fornecedores apresentam as áreas de proteção ambiental consolidadas, porém apenas 22% das áreas dos cooperados extrativistas, 13% dos não cooperados extrativistas e 7% das áreas dos não cooperados não extrativistas cumprem a exigência legal, estando averbadas. |