Identidade quilombola, mineração e novas tecnologias: uma análise folkcomunicacional da comunidade Lagoa da Pedra, Arraias-TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Teske, Wolfgang
Orientador(a): Ertzogue, Marina Haizenreder
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1008
Resumo: Objetivou-se, nesta pesquisa, analisar as mudanças e as permanências culturais da comunidade quilombola Lagoa da Pedra, Arraias-TO, ocorridas a partir do seu reconhecimento como uma comunidade quilombola, em 2004. A análise folkcomunicacional da identidade cultural desta comunidade foi realizada sob dois aspectos: primeiro, sobre os impactos da mineração que estão ocorrendo na região, na voz dos moradores da comunidade; segundo, sobre a apropriação por parte dos quilombolas das novas tecnologias. A pesquisa realizada foi qualitativa e reúne experiência de mais de treze anos de convívio com a esta comunidade. Foi um estudo de caso, com viés histórico, antropológico e etnográfico com a base teórica-metodológica da Folkcomunicação. Como resposta à problematização inicial concluiu-se que houve uma transformação em vários aspectos na Lagoa da Pedra a partir do momento em que foi certificada como comunidade quilombola. Também foi possível perceber, através do depoimento de vários moradores da comunidade, que a chegada das empresas mineradoras trouxe certa insegurança e medo em boa parte da comunidade, principalmente na questão fundiária e também alteração no seu modo de vida. Outra pergunta respondida foi sobre a apropriação das novas tecnologias, como lidam com este novo cenário, seja os mais velhos quanto os jovens e crianças, e as alterações dos saberes e fazeres, a realização, celebrações tanto de cunho religioso quanto folclórico. Por último, pode-se responder a pergunta sobre a questão de uma melhor escolarização, que possibilitou vários jovens a estudar e como isso ajudou a comunidade a manter a sua identidade cultural quilombola, mesmo que ressignificada.