Fauna helmintológica de catetos (Tayassu tajacu - Linnaeus, 1758) procedentes da Amazônia Brasileira e suas implicações para a criação comercial
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Araguaína |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/177 |
Resumo: | Tayassu tajacu, popularmente conhecido como cateto, caititu ou porco do mato, é uma espécie silvestre encontrada desde o sul dos EUA até o norte da Argentina, sendo abundantemente encontrado no Brasil. Sua principal característica está no "colar" de pelos brancos ao redor do pescoço. São onívoros e comumente consumidos como fonte de proteínas por populações ribeirinhas e indígenas. Sua carne é muito apreciada em grandes centros urbanos no Brasil e no exterior, e seu couro utilizado para a fabricação de artigos finos, como luvas e bolsas. Isto faz com que seja crescente o número de criações comerciais destes animais. Dos trabalhos feitos com parasitos de catetos, a maioria consiste apenas de descrição ou redescrição de espécies, no entanto, o conhecimento dos indicadores de infecção, além das espécies de parasitos, possibilita o melhor entendimento das relações entre estes e seus hospedeiros. Os mamíferos apresentam-se parasitados, em maior quantidade, por nematódeos que por cestódeos ou trematódeos, sendo estes às vezes nem observados. Já foram relatados parasitando catetos as espécies: Monodontus semicircularis, Monodontus aguiari, Eucyathostomum dentatum, Dirofilaria acutiuscula, Texicospirura turki, Gongylonema baylisi, Gongylonema pulchrum, Parabronema pecariae, Parostertagia heterospiculum, Physocephalus sexalatus, Trichuris sp., Capillaria hepatica, Ascarops strongylina, Cooperia punctata, Cooperia spatulata, Oesophagostomum dentatum, Nematodirus molini, Trichostrongylus axei, Trichostrongylus colubriformis, Spiculopteragia tayassui, Strongyloides ransomi, Macracanthorhyncus hirudinaceus, Metastrongylus salmi, Fascioloides magna, Moniezia benedeni, Stichorchis giganteus. O conhecimento dos helmintos parasitos de catetos é fundamental para a elaboração de um manejo sanitário adequado para a prevenção e tratamento de helmintoses, auxiliando a expansão de sua criação em cativeiro. Além disso, este tipo de estudos é de extrema importância por relatar novas espécies de helmintos em catetos antes encontradas apenas em outras espécies animais silvestres ou domésticas. O trabalho objetivou conhecer a fauna helmintológica, bem como os indicadores de infecções, de catetos (T. tajacu) procedentes da Amazônia Brasileira. Para tanto, foram utilizados cinco animais adultos, capturados no município de Araguaína, estado do Tocantins. Os catetos foram eutanasiados e necropsiados a campo com a abertura e lavagem de cada segmento anatômico do trato digestório, além da observação da traqueia, coração, pulmão, rins e tecido subcutâneo. Os conteúdos resultantes das lavagens foram fixados em solução de Railliet & Henry, para identificação das espécies de helmintos e determinação dos indicadores de infecção. Dos cinco catetos necropsiados, foi coletado um total de 1394 helmintos, sendo nove espécies de nematódeos: Eucyathostomum dentatum, Cruzia brasiliensis, Monodontus semicircularis, Monodontus aguiari, Spiculopteragia tayassui, Texiscospirura turki, Parabronema pecariae, Physocephalus sexalatus, Cooperia punctata. |