Estratégias de suplementação na recria de bovinos em pastejo e seu reflexo na terminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rezende, José Messias de
Orientador(a): Alexandrino, Emerson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1502
Resumo: Objetivou-se avaliar estratégias de suplementação e seus efeitos sobre o desempenho e comportamento ingestivo na recria e, os reflexos do manejo alimentar da recria sobre a terminação de bovinos em pastejo. Para isso, as avaliações ocorreram durante as épocas de seca, águas e transição águas-seca. Foram utilizados 24 animais Nelore, machos inteiros com peso inicial médio de 239,08 kg, os quais foram mantidos em área de pastagem de 4,8 hectares de Urochloa brizantha cv. Piatã durante a recria, divididos em 24 piquetes de 0,2 ha, e 12 ha de pastagem composta por Megathyrsus maximus e Urochloa brizantha cv. Piatã na terminação, divididos em 24 piquetes de 0,5 ha, em sistema de pastejo intermitente. As estratégias de suplementação consistiram de suplemento mineral nitrogenado aditivado (MA) com 57% de PB (seca) e sem PB nas águas e transição; suplemento protéico aditivado (0,1%) com 45% de PB (seca) e 30% de PB (águas e transição); e suplemento protéico-energético aditivado (0,3%) com 35% de PB e 47% de NDT (seca) e 25% de PB e 47% de NDT (águas e transição). Durante as fases de recria e terminação, os animais que receberam 0,3% de suplemento protéico-energético aditivado apresentaram desempenho superior para todas as variáveis de produção e produtividade. No período seco, houve adicional no ganho individual acima de 0,130 kg animal dia-1 em comparação aos animais recebendo MA ou 0,1%. A suplementação proteica-energética de 0,3% do PC apresentou maior ganho médio diário (GMD), com média de 0,276 kg animal dia -1 (P<0,05), e os tratamentos com mineral aditivado MA e proteinado 0,1% do PC, apresentaram GMD semelhante de 0,106 e 0,142 kg animal dia-1, respectivamente. O mesmo comportamento foi observado para taxa de lotação, carga animal, ganho de peso total e produtividade, em que as maiores médias foram para suplementação proteico-energética de 0,3% do PC (P<0,05). Foi observado menor tempo de pastejo e maior tempo para outras atividades para animais suplementados com 0,3%, com médias 556,87 e 475,00 minutos, respectivamente (P<0,05). No período chuvoso o GMD foi de 1,056; 0,965 e 1,088 kg animal dia-1 para MA; 0,1% e 0,3%, respectivamente. A taxa de lotação, carga animal, ganho de peso total e produtividade foram inferiores para animais recebendo MA, intermediários para 0,1% e superiores para 0,3%. Os índices de produtividade e econômicos também foram superiores para animais recebendo suplementação com 0,3% ao longo da recria e sob mesmo protocolo alimentar que os demais tratamentos durante a fase de terminação. O fornecimento de suplementação protéico-energética nas fases I e II e recebendo 2,4 kg dia-1 na terminação, promoveu desempenho superior as demais estratégias nutricionais avaliadas, com carcaças mais pesadas refletindo em melhores indicadores de produtividade e econômicos.