Estudo das potencialidades dos resíduos de biomassa da Amazônia Legal para aproveitamento tecnológico, social e ambiental
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/4292 |
Resumo: | A Amazônia Legal abriga uma vasta biodiversidade e, assim, os recursos agroflorestais que a compõem fazem parte da cadeia produtiva agrícola e do extrativismo vegetal que servem de sustento para muitas comunidades tradicionais por meio de atividades econômicas industriais e comerciais. Entre esses recursos encontram-se as biomassas lignocelulósicas que, após seu beneficiamento, geram grandes quantidades de resíduos. A partir desses resíduos, por suas características físico-químicas, é possível obter diversos compostos de alto valor agregado com aplicabilidade dentro do contexto das biorrefinarias. Foram estudados os resíduos do coco-verde, babaçu e castanha-do-brasil na fração das cascas. Esses resíduos foram submetidos a técnicas como análise química imediata (teor de umidade, cinzas, matéria volátil, e carbono fixo), extração de Soxhlet, hidrólise ácida, espectroscopia UV, difração de raios-x, pirólise, análise de Brunauer- Emmett-Teller (BET), análise por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS) e cálculos de estimativa do potencial econômico e energético buscando produzir compostos como açúcares, bio-óleo, biochar, e outros bioprodutos de valor agregado foram estudados. Os teores de açúcares redutores totais e de lignina foram superiores a 28% e 30%, respectivamente. A cristalinidade da celulose variou entre 25 e 40%, com maiores valores para o babaçu, que também apresentou valores mais altos de glicose e açúcar total. Os rendimentos encontrados para o biochar e o bio-óleo das cascas do coco-verde foram de 31% e 30%, respectivamente. Os principais componentes encontrados no bio-óleo foram furfural (29,23%), fenol (22,18%) e isoeugenol (10,26%), compostos que podem ser empregados na produção de química fina e plásticos, agroquímicos, biomateriais, na indústria farmacêutica e alimentícia. O biochar apresentou valores de área superficial (BET e Langmuir) maiores que 300 m²/g e um volume de microporos de 0,11 cm3/g, podendo ser utilizado como um adsorvente satisfatório. O potencial energético teórico estimado do biochar e bio-óleo foi de 208.107.180 MJ e 190.205.438 MJ, equivalente a 3.729.518,4 toneladas de casca de coco-verde, que seriam suficientes para suprir o consumo energético de 5.734.747 residências brasileiras em um período de 12 meses. |