Uso de coagulantes e floculantes naturais no tratamento de efluentes de lavanderia hospitalar
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/2477 |
Resumo: | A importância da água para os seres humanos e espécies é inegável. A escassez dela aliada ao esgotamento de suas fontes tem sido motivo de forte preocupação. Por outro lado, a ação antrópica tem causado poluição dos recursos hídricos e contribuído para uma crise hídrica eminente. Posto isso, os hospitais e suas lavanderias são grandes consumidores de água, geram volume exorbitante de efluentes de baixa biodegradabilidade e alta recalcitrância. Sob este prisma, a literatura científica alerta que os efluentes de lavanderia hospitalar estão entre os mais nocivos quando comparado aos outros setores. O tratamento na fonte é uma solução que evita o despejo dessa categoria de efluentes direto no esgoto público e mananciais. No entanto, os instrumentos legais do Brasil, da Europa e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em geral, não obrigam o tratamento dessas descargas antes do lançamento. Muitas vezes, diversos poluentes nelas presentes não podem ser removidos em estações de esgoto municipais, os quais podem causar sérios danos para à saúde pública e ambiental. A coagulação e floculação se despontam como uma alternativa viável para o tratamento de efluentes. Porém, coagulantes e floculantes baseados em compostos tradicionais como alumínio e ferro podem causar poluição secundária. Nessa perspectiva, o presente estudo utilizou compósitos extraídos de fontes naturais para promover coagulação, floculação e sedimentação (C/F/S) e clarificar os efluentes da lavanderia do maior hospital do Estado do Tocantins, Brasil. Para dar cabo do presente estudo, foram coletadas e caracterizadas amostras de efluentes da área de estudo e submetidas à C/F/S com um Jartest, em escala de bancada. Os parâmetros de controle, turbidez e cor aparente, foram medidos para mensurar a eficiência da clarificação. As descobertas mostraram que a hidroxiapatita combinada com a quitosana é o coagulante/floculante mais adequado. Em pH 8 e dosagem de 50 mg/L, tal combinação reduziu a turbidez e a cor aparente em mais de 62 e 49%, respectivamente. Um benefício surpreendente do tratamento foi em pH 6, quando para essa dosagem a turbidez e a cor aparente foram reduzidas em mais de 67 e 55%, respectivamente. Paralelamente, apenas em pH 6, um gel de quitosana foi testado, que revelou a dosagem ótima de 60 mg/L, remoções de quase 40% para ambos os parâmetros. Uma comparação com os compostos tradicionais apontou que os naturais são oito vezes mais eficientes. Os materiais usados neste estudo são de baixo custo e obtidos de fontes amplamente disponíveis na maioria dos países. Além disso, é possível obtê-lo a partir de resíduos alimentares, o que permite a integração de cadeias de tratamento promovendo o desenvolvimento de uma economia circular. |