Mapeamento dos riscos psicossociais relacionados ao trabalho em policiais do 6º Batalhão de Polícia Militar do estado do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carvalho, Philipe Lira de
Orientador(a): Ghizoni, Liliam Deisy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas - Gespol
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/245
Resumo: A origem da Polícia Militar no Brasil está ligada ao período colonial. Já a Polícia Militar do Tocantins – PMTO foi criada em 01 de janeiro de 1989, tendo a Diretoria de Saúde e Promoção Social – DSPS como órgão responsável por todas as situações atinentes à saúde e à promoção social de seus policiais militares. A atividade policial encontra-se numa categoria de trabalho em que o profissional corre grande risco de vida, tem uma sobrecarga no trabalho e ainda desgastes com o Sistema Judiciário. Tais situações podem provocar riscos psicossociais, os quais estão intimamente ligados aos danos físicos, psicológicos e sociais. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo mapear os riscos psicossociais no trabalho dos policias militares do 6º Batalhão de Polícia Militar – BPM, unidade essa criada em 14 de março de 2003 e responsável pela segurança pública na região sul de Palmas-TO e outras cinco cidades vizinhas. Por meio do Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais no Trabalho – PROART de Facas (2013), pôde-se alcançar os objetivos específicos, os quais estão relacionados com organização do trabalho, estilo de gestão, os riscos de sofrimento patogênicos e os danos físicos, psicológicos e sociais. Fundamentou-se a investigação dentro de uma abordagem tanto quantitativa como qualitativa e utilizou-se estatística descritiva e análise de conteúdo segundo o modelo metodológico de Bardin (2011). Tendo em vista as dificuldades de acesso ao público alvo e ainda a recusa de muitos, não foi possível chegar a uma amostra representativa do 6º BPM, sendo possível a participação de 127 policiais dos 254. A maioria dos policiais militares respondentes do 6º Batalhão: a) são do sexo masculino (88,9%); b) possuem até o ensino médio (38,1%); c) são casados ou vivem em união estável (72,9%); d) possuem mais de 20 anos de serviço na Instituição (27,6%) e menos de 5 anos no atual cargo (80%); e) são pertencentes ao quadro de praças (89%); f) desempenham função operacional (68,1%); g) estão lotados na 1ª Companhia Operacional (35,7%); e h) no último ano tiveram 1 ou 2 problemas de saúde relacionados ao trabalho (56,6%). Diante da problemática sobre os riscos psicossociais que advêm da relação trabalhador-organização no trabalho entre os participantes, constatou-se que a Divisão das Tarefas mostrou-se propensa a riscos psicossociais maiores que na Divisão Social do Trabalho, há uma leve prevalência do Estilo Gerencialista em relação ao Coletivo, o Esgotamento Mental apareceu mais alarmante quanto ao Sofrimento Patogênico e os danos físicos prevaleceram sobre os demais danos. Dessa forma, sugere-se o encaminhamento desse mapeamento, não apenas a Organização estudada, mas também à Diretoria de Saúde e Promoção Social – DSPS da PMTO.