Aproveitamento do lodo de esgoto digerido para geração de energia elétrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rêgo, Fernanda Silva
Orientador(a): Vieira , Glaucia Eliza Gama
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroenergia - PPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1968
Resumo: Devido à crescente preocupação com o aquecimento global surge à busca por um fornecimento seguro de combustíveis, dando mérito por fontes renováveis e sustentáveis de energia (agroenergia). Nesse contexto, o lodo de esgoto digerido, originado do CENPES, foi utilizado como biomassa, coletado em período seco e chuvoso. O processo de pirólise do lodo de esgoto digerido foi em um reator de leito fixo em escala de laboratório, visando à produção de bio-óleo, como forma de se obter produto de maior valor energético. O rendimento máximo de bio-óleo foi da ordem de 10,52-18,38%. Houve diferença significativa para os rendimentos do bio-óleos advindos de coletas do lodo de esgoto digerido em período seco e chuvoso. Igualmente, houve diferença significativa entre os lodos de esgoto coletados em período seco e chuvoso, para as médias de umidade (4,85-7,43%,), sólidos voláteis (58,10- 61,19%), pH do lodo de esgoto digerido (7,60) e pH do bio-óleo (8,35), extração sólido- líquido com solvente hexano (5,09%) e álcool (6,60%) ao nível de 1% de probabilidade. Já os teores de cinzas (31,62-33,03%), carbono fixo (1,42-2,32%), densidade do lodo de esgoto (1,52 g.cm-3) bio-óleo (0,97 g.cm-3) e mistura Bio-Óleo/Diesel (0,94 g.cm-3), PCS do lodo de esgoto (13,08 MJ.kg-1) bio-óleo (13,08 MJ.kg-1) e mistura Bio-Óleo/Diesel (13,08 MJ.kg-1), não apresentaram diferença significativa estatisticamente para médias estudadas ao nível de 1% de probabilidade. Na composição química dos extratos do lodo de esgoto digerido, pela cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM), foram encontrados hidrocarbonetos, compostos oxigenados e halogenados. Já na caracterização química do bio- óleo, por cromatografia gasosa com espectrometria de massas (CG/EM), foram encontrados compostos oxigenados, hidrocarbonetos, nitrogenados, mistos e halogenados. Com a mistura de Bio-Óleo/Diesel pretende-se reduzir tanto o gasto econômico quanto as emissões dos poluentes, oferecendo um ganho ambiental em virtude de ser uma fonte renovável, contribuindo para a redução dos gases do efeito estufa, para o sequestro de carbono, além de melhorar a eficiência energética do bio-óleo. Portanto, o lodo de esgoto digerido tem potencial energético para uso combustível, sendo fonte alternativa de combustível para a geração de energia elétrica nas termelétricas.