Simulação da transferência de calor e massa na produção de celulases por fermentação em estado sólido em biorreator de bandejas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agroenergia - PPGA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6959 |
Resumo: | Os resíduos agroindustriais vêm se tornando uma matéria prima promissora quando se buscam alternativas sustentáveis ao uso de combustíveis fósseis. Diante deste cenário, as celulases vêm ganhando atenção global, devido a sua utilização para produção de biocombustíveis à base de biomassa de resíduos celulósicos, entre outras vantagens, por ser uma tecnologia de produção de combustível limpo e verde. Devido à relevância temática, a presente dissertação tem como objetivo adequar um modelo e simular a transferência de calor e umidade no processo de produção de celulases por Fermentação em Estado Sólido (FES) a partir do fungo Myceliophthora thermophila I1D3b, utilizando bagaço de cana e farelo de trigo como substratos em um biorreator de bandejas em escala piloto. Para isto, foram elencadas e adaptadas equações de equilíbrio individuais disponíveis na literatura, tanto para fase sólida quanto para fase gasosa e, um balanço de matéria para água. As demais propriedades físicas e térmicas do leito, condições do processo fermentativo e parâmetros microbianos foram extraídos de trabalhos encontrados na literatura científica. Posteriormente, elaborou-se uma rotina para simulação em MatLab® R2023b (MathWorks Inc., Natick, Massachusetts, Estados Unidos) dos modelos propostos. Os modelos propostos foram capazes de prever os perfis de temperatura, umidade e a cinética de produção de celulases, ao longo do processo de cultivo e em qualquer posição do leito. Os resultados das simulações mostraram que a entrada de ar com 50% de umidade relativa causa um aumento na temperatura próximo a bordo de saída da bandeja e uma redução severa do conteúdo de umidade da matriz sólida até aproximadamente os primeiros 30 cm do comprimento total das bandejas do biorreator. Posteriormente, ar e sólido entram em equilíbrio e a secagem cessa. Mesmo ocorrendo um aumento na temperatura nas posições finais do leito, esta não se mostrou tão deletéria para o crescimento fúngico quanto a limitação pela sua atividade de água. Nos dados das simulações, foi observado então, que a secagem do leito é mais impactante ao crescimento fungíco, do que o aumento de temperatura, quando se trabalha com fungos termofílicos. |