Entre a casa e a escola : prática de atividades físicas e desenvolvimento infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Vitor Antonio Cerignoni
Orientador(a): Tolocka, Rute Estanislava
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Metodista de Piracicaba
Piracicaba
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/520
Resumo: Pré-escolares não estão praticando o mínimo de atividade física (AF) segundo diretrizes internacionais, isto tem provocado o aumento do sedentarismo infantil e prejuízos ao desenvolvimento integral. Entre os fatores que podem influenciar a prática de AF, nesta faixa etária, estão as pessoas e os ambientes envolvidos diretamente com as crianças. Assim, o objetivo principal da pesquisa foi verificar o que pais e professores pensam sobre desenvolvimento infantil e como isto se reflete na oferta de atividades físicas para préescolares. Foi realizada uma pesquisa de campo com 438 adultos (197 professores e 241 pais e responsáveis de crianças em idade pré-escolar) provenientes de cinco municípios da região metropolitana de Palmas/TO. Os participantes responderam dois questionários com 35 perguntas sobre o perfil sociodemográfico, atividades realizadas pelas crianças dentro e fora da escola, o que era necessário para a criança se desenvolver e hábitos de AF. Este estudo tem um desenho ecológico e a análise do microssistema mostrou que a frequência diária de AF dentro e fora da escola é baixa (11% e 12%), enquanto que as atividades que facilitam o comportamento sedentário foram oferecidas por 28% e 30% dos professores e pais respectivamente. Quanto aos aspectos necessários para a criança se desenvolver, ambos os grupos priorizaram as necessidades básicas, o acompanhamento familiar e as atividades de leitura, escrita e cálculo. O perfil sociodemográfico dos participantes também influenciou na oferta de atividades físicas (idade, nível de escolaridade e renda). O mesossistema apontou para uma contradição entre a importância e a frequência diária das AF no ambiente escolar e domiciliar e também uma diferença nas respostas indicadas por pais e professores. O exossistema revelou que os hábitos de AF dos pais e professores estavam associados a indicação de oferta de prática para as crianças. O macrossistema identificou que a má qualidade da educação infantil, a falta de AF da população, problemas com formação e capacitação profissional e as crenças dos adultos dificultam a inclusão de prática de atividade física para pré-escolares. Os contextos analisados e a não valorização da AF como um dos aspectos prioritários para o desenvolvimento infantil podem limitar as oportunidades de escolha e dificultar a realização de estratégias que revertam os baixos níveis de AF entre préescolares sendo necessário fomentar a aproximação e o dialogo entre a escola e a família.