Níveis de adubação N-P-K sobre o manejo da desfolhação do capim-marandu orientado pela interceptação da radiação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, André Augusto Marinho
Orientador(a): Alexandrino, Emerson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/5990
Resumo: O conhecimento das respostas morfofisiológicas da planta sobre as condições edafoclimáticas específicas de cada região é fundamental para determinação de recomendações de manejo da desfolhação e adubação mais eficientes que favoreçam a interface solo-planta. Assim, objetivou-se avaliar o melhor momento de corte do capim-Marandu (Urochloa Brizantha cv. Marandu) submetido a diferentes níveis de adubação (zero-00:00:00, baixa-100:32:100, média-170:55:170 e alta-240:78:240 de N-P2O5-K2O) associado a diferentes momentos de desfolhação (90, 95 e 100% de interceptação da luminosidade) para distintas estações do ano (transição seca/água – S/A, período das águas – A e água/seca – A/S). Para tanto foram conduzidos dois trabalhos, sendo o primeiro para determinar o efeito dos níveis de adubação e o segundo para avaliar o efeito da interceptação da radiação fotossinteticamente ativa – IRFA sobre o desempenho do capim-Marandu nas épocas do ano. O trabalho foi composto por parcelas de 4x3 m² com três repetições por tratamento, as quais foram distribuídas em delineamento inteiramente casualizado (DIC). O primeiro trabalho foi avaliado em medidas repetidas no tempo e o segundo em arranjo fatorial 4x3. A densidade populacional de perfilhos (DPP perfilho-1 m2 ), altura (cm) e o índice de área foliar (IAF m2 m2 ) foram fortemente influenciados pelas estratégias de adubação, mas foram estáveis após a primeira época de avaliação. A taxa de senescência (TSF) demostrou ser bastante variável com as épocas do ano, em que a menor adubação teve um incremento na TSF diária de 30,2% em comparação com a maior adubação. As taxas de alongamento foliar (TAlF mm perfilho-1 dia-1 ), taxa de alongamento de colmo (TAlC mm perfilho-1 dia-1) e Filocrono (FILOR dias-1 folha-1 ) foram influenciadas pelas épocas do ano, as quais proporcionaram as maiores TAlF e TAlC na época S/A, o FILOR tendeu a diminuir com a elevação da fertilidade do solo sendo em média o menor valor de 9,6 dias -1 folha-1 obtido para a adubação alta e dentre as épocas o menor valor obtido para FILOR foi na estação S/A com média de 9,1 dias-1 folha-1 . A duração de vida das folhas (DVF dias) não se mostrou flexível aos tratamentos, o comprimento de bainha (CB mm perfilho-1 ) e o número de folhas vivas (NFV folhas-1 perfilho-1 ) mostraram-se bastante influenciados pelos tratamentos e principalmente pela época do ano, onde o maior CB foi obtido na estação S/A com média de 359,6 mm-1 perfilho-1 , proporcionado principalmente pelo baixo número de perfilhos que resultou em maior CB para atingir a meta alvo de 95% de IRFA, bem como para a mesma época foram obtidos os maiores NFV com média de 4,9 folhas-1 perfilho-1 . As massa seca total (MST kg ha-1 ), de lâmina foliar (MSLF kg ha-1 ), colmo (MSC kg ha-1 ) e material morto (MSMM kg ha 1 ) foram influenciadas pelos tratamentos, onde tanto a elevação da fertilidade quanto a interceptação da luminosidade elevaram a produção de matéria seca (MS), entretanto, o incremento proporcionado após o IAFcrítico foi principalmente pelo aumento de colmo e material morto, e essa resposta promoveu a redução da relação F/C, o que resultou também na diminuição do índice SPAD, que passou de 18,3 na IRFA de 90% para 11,2 na IRFA de 100%, essa queda, demostra redução no estado nutricional da planta. A taxa de acumulo de forragem (TAF kg ha-1 dia-1 ) foi influenciada pelas estratégias de adubação, onde a maior adubação proporcionou um incremento de 204,6% na TAF em comparação a dose zero. Assim, é possível concluir que as características morfogênicas e estruturais do capim-Marandu, bem como sua produção forrageira são fortemente influenciadas pelas estações de crescimento e pelo manejo da adubação, sendo fundamental a realização da adubação associada as condições ambientais favoráveis para uma boa produção forrageira tanto quantitativa quanto qualitativa. Por fim, a altura do dossel próxima os 40 cm coincide com o IAFcrítico, sendo esse o momento ótimo para a desfolhação da planta sob os fatores edafoclimáticos de condições tropicais.