Fenômeno impostor em estudantes de medicina: interações com sintomas psíquicos e fatores socioculturais
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/6984 |
Resumo: | Introdução: O Fenômeno Impostor (FI) está relacionado à autopercepção de inferioridade intelectual em relação aos seus pares. Prevalente em estudantes de medicina, quando relacionado à ansiedade e depressão, pode desencadear comprometimentos psíquicos e acadêmicos. Objetivo: Analisar o fenômeno impostor e sua relação com sintomas psíquicos, rendimento acadêmico e fatores socioculturais dos estudantes de medicina da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Palmas/TO. Metodologia: Estudo quantitativo, analítico- descritivo e transversal, com 322 estudantes de medicina do segundo ao décimo segundo períodos. A coleta de dados ocorreu por formulário digital via “Google Forms”, composto por três instrumentos: Questionário sociocultural e de condições psicológicas; Escala do Fenômeno Impostor de Clance; e Inventário Breve de Sintomas. A análise estatística foi realizada pelo SPSS, com cálculos de medidas de tendência central e variabilidade e de frequências absolutas e percentuais. Para verificação da associação entre a variável desfecho FI e as variáveis socioculturais, de condições psicológicas e sintomas psíquicos empregou-se o Teste Qui- quadrado ou Exato de Fisher. A verificação da normalidade das variáveis quantitativas ocorreu pelo teste de Shapiro-Wilk. Estimaram-se as correlações de Spearman entre o FI e as variáveis desempenho acadêmico, Índice de Gravidade Global (GSI) e suas dimensões. Os resultados dos testes estatísticos foram considerados significativos ao nível de 5%. Resultados: Verificaram- se as seguintes frequências para as categorias do FI: 9,9% com grau leve; 39,8% com moderado, 36,3% com grave e 14,0% com muito grave. Os testes estatísticos mostraram associações significativas entre FI e as variáveis sexo, estado civil, tratamento psiquiátrico, uso de medicação psiquiátrica, acompanhamento psicológico e, no limite da significância, com trabalho remunerado. As associações das categorias do FI (leve, moderado, grave e muito grave) com as do GSI (positivo e negativo) e com as das suas nove dimensões (positivo e negativo) foram todas significativas. O Coeficiente Geral de Rendimento Acadêmico não obteve significância estatística para relação linear com FI. Conclusão: Aproximadamente metade dos estudantes apresentam elevados graus de FI. A maior gravidade está associada ao sexo feminino, ao estado civil solteiro ou divorciado, à realização de acompanhamento psicológico, ao tratamento psiquiátrico e ao uso de medicação psiquiátrica. O FI em maiores magnitudes relaciona-se à presença de sintomas psíquicos. |