Níveis de proteína e energia dietéticos para redução do parasitismo gastrintestinal em ovinos artificialmente infectados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Miranda, Rafaela Coelho de
Orientador(a): Neiva, José Neuman Miranda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Araguaína
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - PPGCat
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1178
Resumo: Objetivou-se avaliar a influência de dietas formuladas com diferentes proporções de proteína e nutrientes digestíveis totais (NDT), sobre o consumo, desempenho, digestibilidade aparente e metabolismo de nutrientes, características de carcaça, parâmetros parasitológicos, hematológicos e perfil bioquímico em cordeiros artificialmente com Haemonchus contortus. Foram utilizados 40 cordeiros machos, com peso inicial médio de 18 kg ± 1,2 e cinco meses de idade alojados em gaiolas metabólicas. Os tratamentos foram constituídos de quatro diferentes relações proteína:NDT (RP/NDT) (71:597; 103:641; 140:679 e 186:696), com animais infectados ou não com Haemonchus contortus, perfazendo oito tratamentos experimentais e cinco repetições por tratamento. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 2 (quatro relações proteína e NDT e duas condições de infecção). A infecção influenciou o consumo de matéria seca, consumo de fibra em detergente neutro (g/kg0,75), consumo de NDT (g/kg0,75), digestibilidade da proteína e da fibra em detergente neutro, que foram menores nos animais infectados. Houve interação entre dieta e infecção para os consumos de energia bruta, digestível e metabolizável (Mcal/kgMS), onde animais infectados das RP/NDT 140:679 e 186:696 consumiram menor quantidade que os não infectados das mesmas dietas. O balanço energético foi negativo para os animais infectados alimentados com a RP/NDT 71:597. A absorção de purinas independente da condição de infecção nas dietas de RP/NDT 140:679 e 186:696 foi maior que na dieta 71:597. A síntese de nitrogênio e proteína microbiana nas dietas de RP/NDT 103:641 e 186:696 foi menor nos animais infectados. A infecção diminuiu o consumo de proteína metabolizável nas RP/NDT 71:597; 140:679 e 186:696. Animais infectados apresentaram menor ganho médio diário (0,145 kg/dia) e menor espessura de gordura subcutânea (1,86 mm). Houve interação (P<0,05) entre dieta e infecção para conversão alimentar, onde a conversão foi pior nos animais infectados da dieta com RP/NDT71:597. Os pesos e rendimentos de carcaça sofreram variação em função das dietas. A maior contagem de OPG foi encontrada nos animais da RP/NDT 71:597 (3213,7). Animais das dietas de RP/NDT 71:597 e 186:696 apresentaram maior quantidade de Haemonchus recuperados. Houve influência da infecção para os valores de volume globular e proteínas plasmáticas totais, em que animais infectados apresentaram menor valor para essas variáveis). Houve interação (P<0,05) entre dieta e infecção para o grau de anemia pelo método Famacha©, onde os animais infectados e alimentados com RP/NDT 71:597 apresentaram maior grau FAMACHA© (2,16) que os não infectados da mesma dieta (1,24). Houve interação entre dieta e infecção (P<0,05) para as concentrações de albumina, onde animais infectados da dieta de RP/NDT 71:597 apresentaram menores concentrações de albumina que os não infectados da mesma dieta. Dietas de RP/NDT 140:679 e 186:696 proporcionam aos animais suporte de nutrientes que permitem uma melhor situação de equilíbrio na relação entre parasita e hospedeiro, de forma que o plano nutricional a ser utilizado deve ser aquele mais adequado a cada tipo de propriedade e realidade do produtor.