Os índios Krahô e a expansão do agronegócio no nordeste do estado do Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Alisson Almeida dos
Orientador(a): Santos, Roberto de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/1207
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender os conflitos e disputas territoriais no nordeste do estado do Tocantins a partir da expansão do agronegócio sobre o Reserva Indígena Kraholândia. A pesquisa se caracteriza pelo cunho exploratório-descritivo e qualitativo, e que consiste pelo contato real com a realidade em estudo. Quanto à obtenção dos dados e informações pertinentes, foram utilizados dois procedimentos básicos: a pesquisa bibliográfica e documental e os contatos diretos/trabalhos de campo. O povo Krahô vive na Terra Indígena Kraolândia, localizada a nordeste do Estado do Tocantins, entre os municípios de Goiatins e Itacajá e os rios Manoel Alves Grande e Manoel Alves Pequeno, afluentes da margem direita do Rio Tocantins. A produção do espaço no campo brasileiro é marcada por contradições e conflitos de várias ordens. O projeto desenvolvimentista neoliberal imposto pelo modo de produção capitalista tem o agronegócio como carro-chefe. E a territorialização do capitalismo no campo brasileiro está diretamente ligada à invasão e expropriação dos territórios indígenas. O cerrado tocantinense e os povos que nele habitam, como os camponeses, quilombolas e indígenas, têm sofrido sistematicamente com a expansão da fronteira do agronegócio. Nesse contexto, o povo Krahô tem sido impactado pelo avanço da produção de soja na região onde vivem, inclusive do ponto de vista de sua alimentação, com a ausência da caça e pesca. É perceptível que há confinamento e cercamento da Reserva Indígena Krahô pelo agronegócio.