Uso de máscaras N95: alterações de pele nos profissionais de saúde da região norte do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Schimidt, Caroline Pittelkou
Orientador(a): Marson, oliana Guerino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/4404
Resumo: O SARS-CoV-2 é transmitido por meio do contato entre pessoas através de gotículas respiratórias que são expelidas durante a fala, tosse e espirro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a proteção da saúde dos profissionais de saúde é fundamental para evitar a transmissão da Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo necessário adotar protocolos de controle de infecções e disponibilizar EPI, incluindo máscaras N95, aventais, óculos, protetores faciais e luvas, a adoção desses equipamentos constituem as intervenções não farmacológicas. Diante do que foi apresentado, torna-se importante a investigação de quais fatores relacionados ao uso de máscara N95 podem estar relacionados a alterações de pele dos profissionais de saúde do Norte do Brasil, a fim de subsidiar mecanismos que promovam a minimização de efeitos deletérios causados pelo uso da referida máscara, além de potencializar possíveis fatores de proteção. Objetivo: Identificar características relacionadas ao uso de máscara N95 que provocam alterações na pele entre profissionais de saúde do norte do Brasil durante a pandemia da Covid-19. Materiais e Métodos: Estudo multicêntrico realizado na região Norte do Brasil no período de outubro a dezembro de 2020, com 1.684 profissionais de saúde que atuaram na assistência à saúde durante a pandemia da Covid-19. Os participantes foram convidados via mídias sociais e as informações coletadas eletronicamente foram armazenadas na plataforma Survey Monkey. Foi usada estatística descritiva para caracterização da amostra, testes de associação (Qui- quadrado), com nível de significância estatística em p < 0,05. Os fatores associados ao uso de máscara N95 relacionados a alterações de pele foram determinados por Regressão Logística Binária, nível de significância de 5% (α = 0,05). Resultados: Participaram do estudo 1.684 profissionais de saúde da Região norte do Brasil, os profissionais do sexo masculino apresentaram 1,708 mais chances de ter alterações de pele relacionadas ao uso de máscara N95. Outros fatores avaliados como: o período de troca de máscara N95, ter atuado em hospital de campanha para COVID-19, trabalhar em terapia intensiva, urgência e emergência e ter recebido alguma capacitação ou curso sobre o Covid-19 foram considerados fatores protetores ao desenvolvimento de alterações de pele. Os principais motivos de troca de máscara N95 foram a umidade, perda de vedação, contaminação e danificação (rasgo). Conclusão: O estudo evidenciou que as características relacionadas ao uso de máscara N95 que se correlacionaram com as alterações na pele entre os profissionais de saúde foram o sexo desse profissional, a frequência da troca de máscara, a especialidade em que o profissional (Terapia intensiva, Urgência e Emergência e hospitais de campanha), bem como ter recebido capacitação ou curso para a Covid-19. Dessa forma, é importante realizar estudos que tragam os cuidados dermatológicos para essa população específica, a fim de permitir a proteção da pele, bem como dos profissionais de saúde diante de doenças como a Covid-19.