Diversidade taxonômica e funcional das assembleias fitoplanctônicas no rio Tocantins, antes e após a implantação da UHE-Estreito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Idelina Gomes da
Orientador(a): Pelicice, Fernando Mayer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ecótonos - PPGEE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/363
Resumo: A construção de reservatórios altera o ciclo de vida de muitos organismos, causam mudanças nos padrões de biodiversidade e no pior dos cenários podem acarretar a redução ou extinção de espécies. Buscamos investigar as alterações ocorridas na comunidade fitoplanctônica provocada pela alteração dos filtros ambientais impostos pela implantação da Usina Hidroelétrica de Estreito, médio rio Tocantins. A assembleia foi investigada utilizando análises taxonômicas e de Grupos Funcionais (GF). Cinco pontos de amostragem foram envolvidos neste estudo, situados ao longo do rio Tocantins, posteriormente convertido no reservatório da UHE Estreito. O período de monitoramento foi de 4 anos (dezembro de 09 a maio de 13) e as coletas realizadas trimestralmente no rio Tocantins, durante as fases de Pré-enchimento (Pré), Enchimento (Enc) e Pós-enchimento (Pós). As amostragens para o estudo foram realizadas na subsuperfície da água (30 cm), e processadas em laboratório para identificação e contagem dos organismos. As espécies foram primeiramente identificadas taxonomicamente e posteriormente classificadas em grupos funcionais. As amostras de água para análises físicas e químicas foram coletadas concomitante as biológicas e processadas de acordo com a metodologia recomendada. Como resultado, percebemos que implantação da usina hidrelétrica provocou alterações na alteração da estrutura da assembléia respondendo aos novos filtros ambientais, com acentuada redução de biovolume e riqueza taxonômica e de GF. Temporalmente houve significativa diferença entre as fases, obtendo a fase Pré como a mais diferente das demais. Longitudinalmente não houve diferenças significativas. Na composição taxonômica a fase Pré foi dominada pela espécie de Aulacoseira ambígua, a fase Enc por Cylindrospermopsis raciborskii e a fase Pós por Aulacoseira sp. No estudo dos GF 27 GF foram registrados. A fase Pré obteve os valores mais altos de biovolume e o GF C (diatomáceas) como dominante. No Enc o GF Sn (cianobactérias) foi dominante. No Pós os GF P (diatomáceas); N (Desmidiaceae); W2 (Euglenaceae); Sn e Lm (cianobactérias) co-dominaram com valores de biovolumes similares. Este estudo revelou os papeis importantes dos filtros ambientais na seleção espécies e grupos funcionais das assembleias fitoplanctônicas, frente a um novo regime de funcionamento fluvial.