Tuberculose, iniquidades sociais e Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: GROSSI, Lilian Ramos de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas - ICTE::Programa de Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica
Brasil
UFTM
Programa de Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/354
Resumo: A presente pesquisa objetivou identificar a relação da incidência de tuberculose com indicadores de oferta de ações de saúde e de contexto social. O tipo de estudo utilizado foi o delineamento ecológico, com abordagem descritiva e exploratória, tendo como unidades de observação 75 municípios do estado de Minas Gerais que apresentaram pelo menos 10 casos novos de tuberculose no ano de 2010. A coleta de dados foi realizada por meio de fontes secundárias, das quais construíram-se indicadores classificados em oferta de ações de saúde, contexto social e epidemiológico. Para avaliar a relação da incidência de tuberculose com a oferta de ações de saúde e de contexto social foram realizadas análises por técnicas de estatística descritivas (média, desvio-padrão e coeficiente de variação) e análise de cluster (AC). Os resultados mostraram que o cluster com maior taxa de incidência de tuberculose ocorreu entre municípios localizados nas mesorregiões Norte de Minas e Jequitinhonha e apresentou menor quantidade de profissionais médicos por 1.000 habitantes, maior proporção da população residente em domicílios particulares permanentes com saneamento inadequado, maior proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimento nominal mensal até 1 salário, menor índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), maior índice de Gini, maior taxa de analfabetismo e maior proporção de cobertura populacional por Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Equipes de Saúde da Família (ESF). Os municípios distribuídos, principalmente nas mesorregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e Sul/Sudoeste de Minas com menores incidências de TB, foram associados à maior quantidade de profissionais médicos por 1.000 habitantes, maior IDHM, menor taxa de analfabetismo, menor cobertura por ACS e segunda menor cobertura por ESF. Assim, a maior oferta de ACS e ESF não foi suficiente para obter a menor incidência de tuberculose. A análise conjunta dos indicadores permitiu identificar os municípios prioritários para intervenção em oferta de ações de saúde e contexto social. Essas intervenções poderão resultar na redução das desigualdades sociais e na consequente queda da incidência de tuberculose.