Validação da versão brasileira do World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0) e o perfil sociodemográfico e aspectos clínicos de adultos com baixa visão
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/351 |
Resumo: | A baixa visão é uma alteração irreversível na função visual, que pode influenciar nas condições de saúde. Por isso, o uso de instrumentos validados torna-se importante para a avaliação dessa população. Desse modo, os objetivos deste estudo foi: traçar o perfil sociodemográfico e os aspectos clínicos das pessoas com baixa visão; e verificar a validade do instrumento de avaliação WHODAS 2.0 nessa população. Assim foram recrutadas 125 pessoas com baixa visão a partir de uma amostra por conveniência de instituições especializadas ao atendimento dessa população. As pessoas foram entrevistadas utilizando um formulário estruturado sociodemográfico, Mini Exame do Estado Mental (MEEM), a Escala de Lawton e Brody, WHOQOL-Abreviado e o WHODAS 2.0. Para testar as propriedades psicométricas do WHODAS 2.0 os participantes foram avaliados em 3 momentos distintos, sendo a primeira e a segunda etapa realizada por um mesmo avaliador e a terceira etapa com um avaliador diferente. Evidenciou-se nessa amostra a prevalência do sexo masculino (59,2%), idade média de 49,9 anos (±13,4), cor branca (56%), solteiro (36%), aposentado (55,2%), e com 4 a 8 anos de escolaridade (34,4%). Com relação aos aspectos clínicos, prevaleceu a retinose pigmentar (51,2%), o uso de serviço público de saúde (72%), ausência de comorbidades (45,6%) e ausência de dor (55,2%). A escala de Lawton e Brody atingiu uma média na pontuação de 16,4±3,6 havendo diferença significativa no estado civil, escolaridade e profissão. O WHOQOL-Abreviado de 61,3±11,8, mostrando uma diferença significativa com o sexo, escolaridade, tipo de gestão de ensino, e o tipo de serviço de saúde. Com relação a validação do instrumento WHODAS 2.0 foi adequada na propriedade de consistência interna na maioria dos domínios (α≥0,64), exceto em atividades escolares e de trabalho (α=0,14). Na validade de critério convergente e divergente houve correlação moderada e significativa (p<0,05) entre os domínios do WHODAS 2.0 com o WHOQOL-Abreviado. Nas confiabilidades teste-retestee inter-avaliadores houve significativa correlação em todos os domínios do WHODAS 2.0. Desta forma, demonstrou-se que o perfil das pessoas com baixa visão, frequentadores de associações especializadas, revela situações razoáveis de escolaridade em homens brancos e solteiros em idade economicamente ativa beneficiados com aposentadoria. Ademais, constatou-se que o WHODAS 2.0 foi válido e confiável para o uso em adultos com baixa visão a partir da investigação das propriedades psicométricas de consistência interna, validade de constructo convergente e divergente, teste reteste e inter-avaliadores. |