Expressão da MTHFD2 e CAIX em carcinoma de células renais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: SILVA, Rafaela Viviane Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1835
Resumo: Introdução: O carcinoma de células renais (CCR) é a neoplasia mais comum nos rins. Devido seu carácter assintomático, um terço dos casos é diagnosticado em estágios avançados. Apesar de não haver marcadores prognósticos utilizados na prática diagnóstica, a anidrase carbônica IX (CA9 para o gene e CAIX para proteína) e a MTHFD2 vêm sendo apontadas como potenciais indicadores de progressão tumoral e sobrevida respectivamente. Porém o papel de ambas no CCR ainda necessita ser esclarecido. Este estudo teve como objetivo investigar a expressão da a anidrase carbônica 9 e MTHFD2 de acordo com fatores prognósticos e de agressividade tumoral em CCR. Metodologia: A expressão gênica foi avaliada em relação às características patológicas e sobrevida de pacientes, utilizando a plataforma KM-Plotter. Foram utilizados dois bancos de dados com amostras de tumores, tecidos não neoplásicos (NN) e metástases. A expressão proteica das enzimas foi investigada em uma coorte de CCR do HC-UFTM, através de imuno-histoquímica, estabelecendo associações com o prognóstico, dados clínicos, epidemiológicos e histopatológicos. Resultados: A expressão gênica da CA9 revelou maiores níveis em tecidos tumorais e com metástases do que em tecido NN, sendo que os subtipos histológicos Células Claras (CCRcc) e Papilífero (CCRp) apresentam níveis mais elevados do que o tecido NN. A baixa expressão de CA9 teve associação com menor sobrevida global nos casos de CCRcc e com maior sobrevida na coorte de CCRp. A marcação proteica de CAIX foi positiva em todos os casos, tendo maior expressão no grau de Fuhrman 4 e em pacientes submetidos à nefrectomia radical. Pacientes com expressão moderada de CAIX tiveram menor sobrevida comparados ao grupo com expressão forte (diferença não significativa). De maneira semelhante, MTHFD2 revelou maior expressão em tumores e amostras metastáticas, com padrões de expressão gênica distintos de acordo com o tipo histológico, comparados ao grupo NN. A expressão elevada de mostrou associação com menor sobrevida global para CCRcc e CCRp, e menor sobrevivência livre de recorrência para CCRp. A expressão proteica de MTHFD2 variou entre os subtipos histológicos, sendo mais baixa no CCRcc comparado ao CCRp e CCRcr. Houve associação entre alta expressão de MTHFD2, tumores acima de 7cm e graus de Fuhrman elevados. Embora sem significância estatística, pacientes com alta expressão tenderam a ter menor sobrevida global. Conclusões: A expressão gênica de ambas as enzimas foi elevada no CCR e em amostras metastáticas, mostrando potencial valor prognóstico para os subtipos CCRcc e CCRp. Enquanto a expressão proteíca da CAIX demonstrou menos associações com parâmetros de agressividade tumoral, o padrão de MTHFD2 na imunomarcação foi mais relevante, sugerindo progressão tumoral (grau de Fuhrman elevado, tumores maiores), mesmo com variabilidade de expressão entre os tipos histológicos do tumor. O valor prognóstico de ambos os marcadores, por análise da imunomarcação, não foi confirmado. Portanto, são necessárias investigações em coortes maiores para confirmar as evidências observadas pelas curvas de sobrevida global.