Avaliação morfológica e morfométrica do nervo sural de ratas wistar em diferentes fases do envelhecimento: estudo em nível de microscopia de luz.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Jerônimo, André
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Geral
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Patologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/17
Resumo: A função dos nervos periféricos é afetada pelo desenvolvimento e pelo envelhecimento. Entretanto, o conhecimento a respeito das diferenças entre os nervos de animais adultos e velhos tem sido embasado em comparações de apenas dois grupos experimentais e tem sido apontada a necessidade de múltiplos grupos experimentais nos estudos de desenvolvimento e envelhecimento. Apesar de algumas descrições de alterações morfológicas nos nervos periféricos de ratos velhos, a maioria dos estudos investigou nervos motores ou mistos, enquanto informações em nervos sensitivos são escassas. O nervo sural é amplamente utilizado em estudos experimentais que investigam lesão e regeneração do sistema nervoso periférico. Apesar dessa ampla utilização, informação a respeito dos aspectos morfológicos e morfométricos do nervo sural de animais velhos não é comum na literatura. Os objetivos do presente estudo foram investigar os aspectos morfológicos e morfométricos do nervo sural em ratos velhos. Para tanto, ratas da linhagem Wistar com 360 (N = 5), 640 (N = 5) e 720 (N = 4) dias de idade foram anestesiadas e perfundidas com solução fixadora (glutaraldeído a 2,5%, em tampão cacodilato de sódio 0,1M) e tiveram os segmentos proximais e distais dos nervos surais direito e esquerdo preparados para inclusão em resina epóxi. A morfometria em nível de microscopia de luz foi realizada com o auxílio de um programa de análise de imagens computacional. Nossos resultados não mostraram diferenças morfométricas significativas entre os segmentos proximais e distal, ou entre os lados direito e esquerdo dos mesmos níveis, em todos os grupos experimentais. Não foi observado aumento no tamanho das fibras mielínicas entre as idades de 360 a 720 dias. Também não foram observadas diferenças no número total de fibras mielínicas entre os grupos. A distribuição das fibras mielínicas se mostrou bimodal, sendo aquela dos animais com 720 dias de vidas desviada para a esquerda, indicando uma redução do diâmetro das fibras nesse grupo experimental. A distribuição da razão G dos animais com 720 dias de vida também se mostrou desviada para a esquerda, o que sugere a presença de atrofia axonal. Alterações morfológicas decorrentes do envelhecimento foram observadas, principalmente relacionas à bainha de mielina e aos vasos endoneurais. As principais alterações observadas foram: quebras e dobras (para dentro e para fora) da bainha de mielina, edema da bainha de mielina, alargamento das incisuras de Scmidt-Lantermann, presença de macrófagos adjacentes ou no interior da bainha de mielina, vasos colabados e com paredes espessas. Anormalidades axonais não foram tão comuns ou tão óbvias quanto as da bainha de mielina mas a presença de algumas figuras de degeneração Walleriana também foram encontradas. As fibras de maior calibre foram mais afetadas que as de menor calibre. Essas alterações foram observadas em todos os grupos experimentais mas foram menos pronunciadas nos ratos com 360 dias de vida e a severidade das lesões aumentou com o aumento da idade dos animais. Não foram observadas diferenças na severidade das lesões entre os segmentos proximais e distais dos nervos. Em conclusão, a morfologia do nervo sural dos ratos é afetada pelo envelhecimento, principalmente a bainha de mielina das fibras de grande calibre, o que pode se refletir morfometricamente nas diferenças observadas nos histogramas de distribuição das fibras e da razão G.