Perfil taxonômico e funcional do microbioma subgengival associado ao Diabetes Mellitus tipo 2 e a periodontite
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1506 |
Resumo: | O microbioma oral desempenha papel ativo na saúde oral e o mesmo sofre consideráveis mudanças em alterações de condições sistêmicas, bem como é determinante no percurso de várias doenças. Esse trabalho buscou realizar um levantamento do microbioma oral de um ambiente específico, o sulco gengival, de quatro grupos de participantes voluntários a fim de estabelecer uma relação entre condições de saúde específicas e suas respectivas interferências na distribuição e predomínio dos diferentes gêneros e espécies de bactérias presentes, bem como identificar possíveis biomarcadores taxonômicos e funcionais para Diabetes Mellitus tipo 2 e periodontite. O fluído crevicular gengival foi coletado de 42 participantes que foram alocados em 4 grupos “Saudáveis (S)”, “Diabéticos (D)”, “Periodontite (P)”, “Diabéticos/Periodontite (DP)”. O sequenciamento do amplicon 16s rRNA foi realizado e utilizado o pipeline EzBioCloud para determinar o perfil taxonômico do microbioma, para a aferição das diversidades alfa (Dα) e beta (Dβ) e para predição de biomarcadores taxonômicos (BT) e funcionais (BF) utilizando a análise discriminante linear do tamanho do efeito (LEfSe). Espécies bacterianas como Fusobacterium nucleatum group (22,09% (S), 19,92% (D) e 10,34% (DP)) e Porphyromonas gingivalis (15,82% (P)) apresentaram maiores abundâncias relativas. Para (Dα) especificamente quanto a riqueza de espécies, resultados estatisticamente significativos foram encontrados entre: (S) versus (P) com maior riqueza para o grupo (S) (Jackfnife (p=0,050)); (D) versus (P), com maior riqueza para o grupo (D) (Jackfnife (p=0,050)); (P) versus (DP) com maior riqueza para o grupo (DP) (ACE (p=0,050), Chao 1 (p=0,050), Jackknife (p=0,050)). Quanto a diversidade de espécies, resultados estatisticamente significativos foram encontrados quando comparados os grupos (P) versus (DP), com maior diversidade para o grupo (DP) (NPShannon (p=0,050), Shannon (p=0,050), Simpson (p=0,050) e Phylogenetic Diversity (p=0,050). Para a (Dβ) não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Como (BT) as espécies Neisseria perflava, Porphyromonas gingivalis, Veillonella atypica, dentre outras, foram mais abundantes nos grupos (D), (P) e (DP) respectivamente. As vias KEEG “ko03010-Ribosome” “ko02040-Flagellar assembly” e “ko01100-Metabolic pathways”, dentre outras, foram mais abundantes respectivamente nos grupos (D), (P) e (DP). Para todos os grupos, o perfil taxonômico do microbioma foi alterado e a presença da bactéria Porphyromonas gingivalis nas amostras do grupo (D) sugere que a doença é capaz de alterar o microbioma e predispor ao desenvolvimento da periodontite. Pesquisas com amostras maiores, bem como com participantes em vários estágios de evolução das doenças são necessárias. |