Principais alterações morfológicas no sistema nervoso central em necrópsias de pacientes HIV positivos realizadas no Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, no periódo de 1989 a 1996.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Geral BR UFTM Programa de Pós-Graduação em Patologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/32 |
Resumo: | Foi feito um estudo retrospectivo de 92 necrópsias de pacientes HIV positivos, de um total de 847 necrópsias, realizadas no período de janeiro de 1989 a dezembro de 1996, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba - MG, com o objetivo de avaliar as lesões do sistema nervoso central (SNC), no período anterior ao uso da HAART (terapia anti-retroviral altamente eficaz). A média de idade foi de 34 ± 11anos e 18,5% (17 casos) eram do sexo feminino. Em todos os casos foram encontradas lesões no SNC; entretanto, pareciam relevantes para o óbito em 54 (58,7%) dos 92 casos. Apenas em 15 (27,8%) desses 54 casos houve suspeita clínica da lesão encontrada à necrópsia. As principais lesões foram as infecções, em geral oportunistas, que ocorreram em 54 casos (58,7%) dos 92 casos. A lesão mais freqüente foi neurotoxoplasmose (31 casos; 33,7%), seguida pela neurocriptococose (11 casos; 11,9%), citomegalovirose (4 casos; 4,3%), encefalite nodular microglial (3 casos; 3,3%), meningite bacteriana (2 casos; 2,2%), infecção pelo vírus JC (2 casos; 2,2%), tuberculose/micobacteriose (2 casos; 2,2%), histoplasmose (1 caso; 1,1%) e paracoccidioidomicose (1 caso; 1,1%). Em 3 (3,3%) desses 54 casos havia 2 infecções concomitantes (toxoplasmose + meningite purulenta; toxoplasmose + citomegalovirose; paracoccidioidomicose + citomegalovírus). Dentre os 38 (41,3%) casos restantes havia um infarto antigo extenso e outro com diversos focos necróticos-calcificados por seqüela de antiga toxoplasmose. Nos demais casos, as lesões não pareciam relevantes clinicamente (glioses focais, calcificações e fibroses meníngeas focais), ou eram edemas associados à septicemia e/ou anóxia. Alterações pelo vírus HIV no SNC e neoplasias não foram diagnosticadas. Esse estudo mostra que existem diversas alterações no SNC de pacientes HIV positivos, sendo principalmente doenças infecciosas oportunistas na nossa região, muitas delas não suspeitadas clinicamente. Esses achados sugerem que uma investigação minuciosa deveria ser feita no SNC de pacientes HIV, particularmente naqueles que não estão respondendo ao tratamento. |