Análise das alterações patológicas decorrentes do envelhecimento em indivíduos com cisticercose.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cavellani, Camila Lourencini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Geral
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Patologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/22
Resumo: A imunosenescência, uma peculiaridade do processo de envelhecimento, aumenta a susceptibilidade dos indivíduos idosos às neoplasias, às infecções e às parasitoses, entre elas, à cisticercose. Os objetivos desse trabalho foram caracterizar o perfil epidemiológico dos indivíduos idosos com cisticercose, e analisar, através de métodos morfométricos, os processos patológicos gerais no coração e no encéfalo decorrentes da parasitose, frente ao envelhecimento. Foram revistos 3680 protocolos de autópsias realizadas no Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, no período de 1970 à 2007. Dois grupos foram formados: idosos com cisticercose (n=20), e não idosos com cisticercose (n=55). Na morfometria foi utilizado o sistema computadorizado KS300 (Zeiss). O número de leucócitos foi contado em valor absoluto por campos, nas lâminas coradas pela hematoxilina-eosina. Para a quantificação da fibrose, foram utilizadas lâminas coradas pelo picro-sírius sob luz polarizada. Houve ocorrência de 26,7% de idosos no grupo com cisticercose. Desses idosos, 80% apresentavam cisticercose encefálica e 20% cisticercose cardíaca. Houve predomínio das etapas vesicular e vesicular coloidal (75%) entre os idosos.A causa de morte neoplásica acometeu 40% e a cardiovascular 35% dos idosos com cisticercose. A maioria dos idosos acometidos pela parasitose (75%) encontrava-se subnutrida. Os indivíduos com cisticercose apresentaram, significativamente, diminuição do infiltrado inflamatório e aumento da fibrose com o avançar da idade. Entre os idosos, o gênero feminino apresentou mais inflamação cardíaca, inflamação encefálica e fibrose cardíaca do que o masculino. Concluímos que a cisticercose é frequente na população idosa, e as características epidemiológicas dos idosos com cisticercose mostram-se semelhantes as características indivíduos não idosos acometidos pela parasitose. Provavelmente somando-se as alterações imunológicas ocorridas durante o envelhecimento, a cisticercose contribui para formação de uma condição favorável para o desenvolvimento de neoplasias em indivíduos idosos com cisticercose.