Distribuição, fatores de virulência e suscetibilidade a antifúngicos de isolados clínicos do complexo Candida parapsilosis em Uberaba – MG.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina Brasil UFTM Curso de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas - Parasitologia, Imunologia e Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/467 |
Resumo: | Nos últimos anos tem havido um aumento na incidência de infecções humanas causadas por membros do complexo Candida parapsilosis. Este complexo é formado por três espécies distintas, mas intimamente relacionadas: C. parapsilosis sensu stricto, C. orthopsilosis e C. metapsilosis. Estas espécies são fisiologicamente e morfologicamente indistinguíveis e por isso são discriminadas apenas por meio de técnicas moleculares. Considerando o pouco conhecimento sobre a distribuição, propriedades de virulência e perfil de suscetibilidade a antifúngicos das espécies do complexo C. parapsilosis, nossos objetivos foram: 1) determinar pela técnica de PCR-RFLP a ocorrência de C. parapsilosis sensu stricto, C. orthopsilosis e C. metapsilosis entre 81 isolados clínicos primariamente identificados como C. parapsilosis por meio de métodos fenotípicos; 2) avaliar a capacidade dos isolados formarem biofilmes e produzirem proteases e fosfolipases; e 3) comparar o perfil de suscetibilidade entre estes isolados crescidos como culturas planctônicas ou como biofilmes formados in vitro, aos antifúngicos anfotericina B, fluconazol, voriconazol e caspofungina, seguindo as normas do CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). Setenta e sete isolados (95%) foram identificados como C. parapsilosis sensu stricto, 2 (2,5%) como C. orthopsilosis e os outros 2 (2,5%) como C. metapsilosis. Atividade de proteases foi detectada em 37,7% das amostras de C. parapsilosis sensu stricto, enquanto somente 9,1% apresentaram atividade de fosfolipases. Nenhuma das amostras de C. orthopsilosis e C. metapsilosis foi capaz de produzir proteases ou fosfolipases. A capacidade de produzir biofilmes foi detectada em 43,2% das amostras, entre as quais 33 eram C. parapsilosis sensu stricto e 2 eram C. orthopsilosis. Isolados com perfil de resistência a antifúngicos foram incomuns: apenas um C. metapsilosis apresentou resistência ao fluconazol. Este mesmo isolado foi o único a apresentar suscetibilidade dose dependente ao voriconazol. Além disso, foi detectado um C. parapsilosis sensu stricto com suscetibilidade dose dependente ao fluconazol. Em suma, confirmamos que C. parapsilosis sensu stricto é a espécie do complexo C. parapsilosis mais comumente associada a infecções em humanos. Além disso, esta espécie foi a única que expressou todos os fatores de virulência analisados. Ao contrário, nenhum destes fatores foi detectado em C. metapsilosis. De modo geral, as espécies do complexo C. parapsilosis foram suscetíveis à anfotericina B, ao voriconazol e à caspofungina, e apresentaram baixo nível de resistência ao fluconazol. Contudo, os isolados produtores de biofilme mostraram acentuada resistência a estes antifúngicos, particularmente ao voriconazol. |