Associação de anomalias congênitas com perfil obstétrico, neonatal e sociodemográfico no estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FREITAS, Luana Cristina de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1040
Resumo: Defeitos, malformações ou anomalias congênitas são sinônimos utilizados para descrever distúrbios estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos presentes ao nascimento. O estudo objetivou conhecer o perfil epidemiológico dos nascimentos e das anomalias congênitas e verificar a associação de anomalias com fatores obstétricos, neonatais e sociodemográficos, no Estado de Minas Gerais, no ano de 2018. Trata-se de estudo ecológico, no qual foi utilizado o banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais. Foram utilizadas estatística descritiva e regressão logística binária em duas etapas. A primeira abordou a regressão logística binária bruta entre as variáveis independentes e a anomalia, e as que obtiveram valor de p <0,20 na análise bruta foram introduzidas na análise ajustada, considerando-se nível de significância de p <0,05. O estudo considerou uma população de 251.444 participantes com predomínio de mães entre 20 e 34 anos, casadas, com Ensino Médio, cor da pele parda e pré-natal iniciado no primeiro trimestre. A maioria dos nascimentos foi de termo completo, com peso adequado e Apgar de risco habitual no quinto minuto. Com relação às anomalias, verificaram-se a presença de 1.865 casos (0,7%) e a predominância de recém-nascidos com deformidade congênita do sistema osteomuscular (n=789; 42,3%). As variáveis que apresentaram associações significativas com anomalia congênita foram mulheres solteiras, ≥35 anos, com prénatal inadequado, que iniciaram o pré-natal no segundo e terceiro trimestres, sendo a gravidez dupla ou mais, com predominância de nascimentos pré-termo, parto cesárea, com apresentação pélvica e predominância do profissional médico para assistência ao parto, recém-nascidos com Apgar no quinto minuto de alto risco, que nasceram com extremo baixo peso, muito baixo peso ou baixo peso e prevalência de nascimentos do sexo masculino. A identificação dessas variáveis demonstra a necessidade de investimentos na oferta de cuidado especializado, de modo a prevenir a morbimortalidade. Este estudo contribui para a assistência, o ensino e a pesquisa em saúde, por revelar um perfil das anomalias congênitas e de suas possíveis associações, o que pode subsidiar políticas públicas de saúde e a elaboração de protocolos clínicos de cuidado.