Farmacoterapia e fatores associados à adesão ao tratamento em idosos com síndrome metabólica
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/217 |
Resumo: | A Síndrome Metabólica (SM) merece atenção especial em razão de suas complicações e pelo importante impacto na morbimortalidade. Objetivou-se descrever as características sociodemográficas; bioquímicas, clínicas e antropométricas dos idosos com SM diagnosticados no ambulatório de SM da Universidade Federal do Triângulo Mineiro; identificar a prevalência da adesão ao tratamento medicamentoso e à atividade física como um dos componentes do tratamento não medicamentoso desses idosos; determinar a prevalência da adequação ao Guia Alimentar 10 passos para uma alimentação saudável para a pessoa idosa; verificar dentre os critérios diagnósticos da International Diabetes Federation para a SM os mais prevalentes entre os idosos; descrever a farmacoterapia e as possíveis interações medicamentosas dos idosos com SM; identificar os fatores associados à adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso de idosos com SM. Estudo quantitativo, analítico e transversal realizado entre 263 idosos com SM residentes em Uberaba-MG. Utilizaram-se os instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional e Multidimensional, Escala de Depressão Geriátrica Abreviada, Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody, Índice de Complexidade da Farmacoterapia, Instrumento de Avaliação da Atitude Frente à Tomada dos Remédios, Brief Medical Questionnarie, Questionário Internacional de Atividade Física adaptado, Questionário de Frequência de Consumo Alimentar Adaptado e o Guia 10 Passos para alimentação saudável para pessoas idosas, DrugReax System do Micromedex®, versão atualizada do critério de Beers. Procedeu-se à análise com os testes qui-quadrado e o modelo de regressão logística múltipla (p<0,05). Predominaram idosos do sexo feminino (70,7%); com 60|-70 anos (51,7%); moravam com esposo(a)/companheiro(a) (63,9%); tinham 1|-4 anos de escolaridade (49,0%); renda ≤ 1 salário mínimo (62,4%); eutróficos (49,6%) e com os níveis de colesterol total (76,4%), colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (66,5%), ferritina sérica (79,1%), proteína C reativa (93,5%) e ácido úrico (80,2%) dentro da normalidade; independentes para atividades básicas de vida diária (ABVD) (51,0%); dependentes para atividades instrumentais de vida diária (99,2%); com autopercepção de saúde positiva (50,2%); cinco ou mais morbidades (89,7%); sem indicativo de presença de sintomas depressivos (81,7%); com baixa adesão ao tratamento medicamentoso (51,0%) e inativos para a prática de atividade física (52,5%). O passo com maior frequência de consumo alimentar considerado adequado foi o de não adicionar sal aos alimentos já prontos (91,6%). A glicemia de jejum alterada foi o componente da SM mais frequente (91,6%). A maioria apresentava polifarmácia (73,0%), procedeu de forma positiva frente à tomada de remédios (62,7%), utilizava medicamentos potencialmente inapropriados (54,4%) e apresentava possíveis interações medicamentosas (IM) (75,3%). A adesão ao tratamento associou-se com possuir renda > 1 salário mínimo (p=0,023), morar acompanhado (p=0,013), ausência de IM (p=0,016) e autopercepção de saúde positiva (p<0,001). Associaram a adesão à prática de atividade física: morar com companheiro (p=0,021), não ter indicativo de presença de sintomas depressivos (p=0,020), autopercepção de saúde positiva (p=0,005) e capacidade funcional para ABVD (p=0,007). Conclusão: os fatores associados à adesão ao tratamento da SM, verificados neste estudo, contribuem para o planejamento de ações em saúde visando a prevenção de complicações. |