Freqüência de pneumonite em adultos subnutridos autopsiados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Jammal, Millena Prata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Clínica
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Patologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/51
Resumo: Introdução: A subnutrição pode afetar a estrutura e função de órgãos e sistemas, incluindo o sistema imune e os pulmões. A hipótese explorada neste estudo é que adultos subnutridos apresentam maior freqüência de pneumonite que os não-subnutridos. Os objetivos foram comparar a freqüência de pneumonite em adultos autopsiados com ou sem diagnóstico de subnutrição crônica, e com ou sem diagnóstico de síndrome de resposta de fase aguda (RFA), uma condição que pode levar a subnutrição protéica. Material e Métodos: Estudo retrospectivo realizado nas Disciplinas de Nutrologia e Patologia Geral da Universidade Federal do Triângulo Mineiro; a amostragem foi composta por casos de autópsias realizadas em adultos com protocolos completos e registros de peso e estatura corporais, bem como peso dos pulmões. A pneumonite foi diagnosticada por critérios macro ou microscópicos; a subnutrição crônica foi definida por índice de massa corporal menor que 18,5 kg/m2 e a RFA foi considerada presente na ocorrência de infecção grave mais um dos critérios: (1) esteatose hepática, (2) hiperplasia do baço ou (3) úlceras gástricas de estresse. Os grupos foram comparados por teste t de Student, Wilcoxon Mann-Whitney e qui-quadrado, e valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: De um n inicial de 371 casos, foram selecionadas 213 autópsias de adultos, com material suficiente para análise. A pneumonite (microscópica) ocorreu em 87,6% dos casos. O grupo Subnutrição (n=63) apresentou freqüência similar, respectivamente, de pneumonite macro (60,3 vs. 58,7%) ou microscópica (90,5 vs. 84,7%) ao do grupo Controle. A pneumonite foi mais comum no grupo RFA-positivo que no RFA-negativo (macro: 84,0 vs. 34,6; micro: 93,4 vs. 79,4%). A histologia dos pulmões mostrou que a pneumonite geralmente é difusa, com predomínio de infiltrado mononuclear leve ou moderado, localizada em septos e alvéolos e na maioria dos casos também está associada com edema intersticial e alveolar. Conclusão: A pneumonite ocorreu em alta porcentagem (86,0%) dos adultos autopsiados no HC-UFTM. Os dados não dão suporte à hipótese de que os casos com subnutrição crônica apresentam maior freqüência de pneumonite que os não-subnutridos. No entanto, os achados reforçam a hipótese de que pessoas que desenvolvem RFA com freqüência associada à subnutrição protéica aguda apresentam maior risco de pneumonite como fenômeno terminal.