Adaptações musculares após diferentes protocolos de treinamento de força com cargas baixas: efeito da oclusão vascular, cargas e volume

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BARCELOS, Larissa Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/941
Resumo: Introdução: treinamento de força (TF) é uma excelente intervenção para aumentar a força e massa musculares. Tradicionalmente é aceito que hipertrofia muscular ocorre, primariamente, devido a sobrecarga externa superiores a 70% de uma repetição máxima (1RM) imposta ao músculo. No entanto, esse conceito pode não ser prático para muitas condições em que o treinamento tradicional, com cargas elevadas, não pode ser usado (ex. integridades músculotendíneas comprometidas). Evidências crescentes sugerem que o TF com cargas baixas quando realizado com oclusão vascular ou até a falha concêntrica do movimento promove hipertrofia muscular semelhantemente ao TF com cargas elevadas, sendo uma alternativa para condições na qual TF tradicional não pode ser aplicado. No entanto, a dosagem de exercício necessária, combinada ou não com a oclusão vascular, para promover ou otimizar a hipertrofia muscular não tem sido totalmente elucidada. Objetivo: analisar os efeitos de diferentes protocolos de TF com e sem oclusão vascular sobre a força e hipertrofia musculares. Metodologia: 47 homens jovens e eutróficos realizaram avaliação da área de secção transversa do músculo quadríceps por meio de ressonância magnética e força máxima pelo teste de 1RM antes e após oito semanas de TF, exceto para força que foi avaliada em três momentos (antes e após quatro e oito semanas). Os indivíduos foram aleatoriamente alocados em uma das cinco condições de TF: (1) TF com volume e carga baixos (uma série com 20% de 1RM), (2) TF com volume alto e carga baixa (três séries com 20% de 1RM), (3) TF com volume baixo e carga alta (uma série com 50% de 1RM), (4) TF com volume e carga altos (três séries com 50% de 1RM) ou (5) controle. Realizaram exercício dinâmico de extensão do joelho, em cadeira extensora, com repetições numerosas. Uma das pernas de cada indivíduo, escolhidas aleatoriamente, foi ocluída. Dez indivíduos foram selecionados para a comparação da atividade eletromiográfica (RMS) entre as condições e grupos. Resultado: todas as configurações de TF promoveram o aumento da força e a massa musculares após oito semanas de TF, sem interação com a oclusão. Porém, o grupo que realizou o TF com 20% foi superior no ganho de massa muscular. Para a força muscular houve maior aumento no grupo que realizou três series com 20% comparados aos demais grupos após quatro semanas. Esta diferença se perdeu após oito semanas. O RMS no inicio da série foi inferior no grupo 1x20% comparado aos demais grupos. Porém, no final da série não houve diferença entre os grupos. Não houve interação da oclusão com os grupos para RMS. Conclusão: a oclusão vascular não apresenta efeito aditivo ao TF realizado com carga baixa e repetições numerosas no aumento da força e massa musculares. O TF com cargas baixas (20% e 50%) aumenta a força e massa musculares após oito semanas de TF. No entanto, o aumento da massa muscular é superior no grupo de 20% de 1RM e as adaptações da força são antecipadas quando o TF com 20% de 1RM é realizado com mais repetições (três vs uma séries).