Análise das alterações hepáticas em pacientes autopsiados com a síndrome da imunodeficiência adquirida
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/868 |
Resumo: | Objetivo: Analisar as alterações histomorfométricas e laboratoriais hepáticas de pacientes autopsiados com a Aids, relacionando esses dados ao uso da terapia antirretroviral (TARV). Métodos: 62 fragmentos hepáticos de pacientes com Aids (n=31) e sem Aids (n=31) autopsiados entre 1996 e 2017, foram pareados pela idade (18-49), sexo e cor. Os pacientes com Aids foram analisados de acordo com o uso (n=15) ou não (n=16) da TARV. Na análise histomorfométrica, foram confeccionadas lâminas para análise da esteatose, fibras colágenas e colágeno tipo III. A densidade das células de Kupffer foi analisada através de imunomarcação com o anticorpo anti- CD68. Para a análise do padrão macro ou microvesicular e da distribuição topográfica da esteatose, foi considerado o predomínio nas diferentes áreas histológicas (área 1, 2 e 3) de acordo com o método de Brunt adaptado. Informações referentes à dosagem sanguínea de bilirrubina total, direta e indireta, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase e plaquetas foram obtidas dos prontuários clínicos. Resultados: Os pacientes com Aids apresentaram significativamente maior porcentagem de esteatose (26,05 vs 21,95%), de fibras colágenas (1,63 vs 1,01%) e colágeno tipo III (8,68 vs 7,83%). Os grupos com e sem Aids tiveram predomínio do padrão macrovesicular e distribuição topográfica da esteatose na área 1. Os pacientes com Aids que fizeram uso da TARV apresentaram significativamente menor porcentagem de esteatose (25,45 vs 26,36%) e de fibras colágenas (1,52 vs 1,75%), enquanto o predomínio do padrão macrovesicular e da área 1 não mostrou diferença significativa. Em relação ao colágeno tipo III, os pacientes que fizeram uso da TARV apresentaram menor valor (8,52 vs 8,77%). Houve uma menor densidade de células de Kupffer nos pacientes com Aids (18,43 vs 23,26 céls/mm2), e semelhança na densidade dos grupos que fizeram ou não o uso de TARV (18,17 vs 18,17 céls/mm2). Na análise dos dados laboratoriais, o grupo com Aids apresentou significativamente menor valor de bilirrubina indireta (0,27 vs 0,91 mg/dL), e aqueles que fizeram uso do tratamento apresentaram valores significativamente maiores (0,45 vs 0,22 mg/dL), porém os valores encontravam-se dentro da normalidade. Conclusão: A Aids ocasiona aumento da esteatose e da fibrose hepática. No entanto, a TARV possui papel benéfico redutor em relação ao acúmulo de gordura nos hepatócitos e no desenvolvimento da fibrose, uma vez que a medicação é capaz de amenizar ambos os processos. |