Risco de mucosa laringotraqueal prejudicada: proposta de um diagnóstico de enfermagem
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/274 |
Resumo: | Este estudo tem por objetivos elaborar, validar e propor o diagnóstico de enfermagem: "risco de mucosa laringotraqueal prejudicada". Trata-se de uma pesquisa metodológica realizada em duas fases: análise de conceito e validação clínica. Para a análise de conceito adotou-se o referencial de Walker e Avant. Utilizou-se a revisão integrativa da literatura para operacionalizar a análise do conceito: “mucosa laringotraqueal prejudicada”. Foram encontrados 28 artigos relacionados ao termo em estudo, todos publicados na área médica com o seguinte uso: designar lesões em mucosas na região da laringe e/ou traqueia, decorrente de traumas externos ou relacionados, principalmente, a pressão mecânica exercida pelo tubo endotraqueal ou da máscara laríngea em pontos de contato com a mucosa laringotraqueal. Para esta análise de conceito, os sinais clínicos (referenciais empíricos) sugeridos pela literatura foram: rouquidão/disfonia, disartria, disfagia, estridor laríngeo e sangramentos. Todos são passíveis de ser verificados pela equipe de enfermagem por meio dos conhecimentos em semiologia e semiotécnica. Na segunda fase, realizou-se um estudo prospectivo e longitudinal. A população foi composta por pacientes submetidos ao procedimento anestésico-cirúrgico, sob anestesia geral de um hospital público de Minas Gerais. Este trabalho foi realizado em consonância com a Resolução 466/12 do CNS. Para o tratamento dos dados, foi realizada a análise univariada, descritiva e exploratória para descrever as variáveis e os sujeitos do estudo. Em seguida, foi realizada análise bivariada por meio do Teste t de Student para comparar a média de sinais clínicos indicativos da lesão em mucosa laringotraqueal e foi verificado também a Razão de Chances (RC) para cada variável preditora. Na validação clínica, foram acompanhados 30 pacientes dos quais 16 (53,3%) apresentaram sinais clínicos de lesão em mucosa laringotraqueal. A insuflação excessiva de cuff foi o fator de risco que apresentou o maior número de sinais clínicos. Dos 16 pacientes que desenvolveram lesão, 12 (40%) permaneceram com uma angulação de tubo diferente de 90 graus durante todo o pós-operatório. Quanto ao tamanho do tubo endotraqueal, o tubo maior que 7,5 mm apresentou maior chance de manifestar sinais clínicos de mucosa laringotraqueal prejudicada, assim como a razão de chance de acontecer lesão é maior em pacientes que são intubados sem relaxante muscular do que os que são intubados utilizando-se de relaxantes musculares, ratificando os achados na literatura. Neste estudo, optou-se propor o diagnóstico de risco: “risco de mucosa laringotraqueal prejudicada” e não o diagnóstico real, este último foi considerado por muitos autores como uma iatrogenia, além disso, a enfermagem pode intervir legalmente na prevenção da mucosa laringotraqueal prejudicada. Quanto à validação clínica, destaca-se que os testes estatísticos deste estudo foram realizados com todo rigor metodológico, o que garante a fidedignidade dos achados. O número de participantes desta investigação, pode ser considerado como uma limitação do estudo. Sugere-se, no entanto, que outras pesquisas com um maior número de pacientes sejam realizadas para validação dos fatores de risco do diagnóstico de enfermagem proposto por esta investigação. |