Saúde bucal de crianças em uma creche municipal de Uberaba(MG): associação com aspectos demográficos e socioeconômicos
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1838 |
Resumo: | A cárie na primeira infância é caracterizada por dentes cariados, ausentes ou restaurados em crianças até seis anos de idade. Apesar da etiologia multifatorial, o consumo precoce de alimentos açucarados e higiene oral precária são os principais fatores associados com maior risco de desenvolver a doença. Neste contexto, a condição socioeconômica da família tem sido abordada como potencial influenciadora dos hábitos da criança. Em Uberaba (MG), a Secretaria de Saúde, por meio do Programa de Saúde na Escola, classifica o risco de cárie em crianças em duas categorias: R1 (alto risco) e R2/R3 (baixo risco). Para mensurar a condição de saúde bucal em consultório é possível utilizar o índice ceo-d: presença de cárie (c), extrações indicadas (e) e restaurações (o) em dentes decíduos (d). O objetivo deste estudo foi investigar fatores de risco, características socioeconômicas e hábitos associados à incidência e evolução da cárie em crianças de uma creche em Uberaba (MG). Para isso, foram coletados dados sobre avaliação de risco para cárie, realizada em 2018 e 2019 na creche. Em 2023, realizou-se avaliação da condição bucal de 33 crianças desse mesmo grupo, utilizando o índice ceo-d. Pais ou responsáveis foram convidados a responder um questionário sobre condições socioeconômicas, hábitos familiares de dieta e higiene oral. Baseado na avaliação de risco realizada na creche do bairro, a maioria das crianças (69,7%) tinham baixo risco de cárie em 2018 e 2019. Identificou-se alta taxa de cárie ativa (66,7%) e taxa considerável (42,4%) de tratamento restaurador em 2023. Apesar do índice ceo-d da população ser considerado de prevalência mediana de cárie (ceo-d = 3,12), houve correlação positiva mais significativa com o componente “c” (cárie), sugerindo que o valor do ceo-d teve maior influência do número dos dentes cariados do que do número de dentes restaurados. Uma alta proporção de crianças com ceo-d entre 1 e 3 tinha classificação de risco baixa, indicando que o baixo risco identificado na creche não garante imunidade à doença cárie ao longo do tempo. A maioria (90%) das crianças de alto risco apresentava tratamento restaurador e os valores de ceo-d foram maiores no grupo de alto risco. Não confirmamos a hipótese de que o consumo precoce de alimentos ricos em açúcar está associado à saúde bucal prejudicada. O consumo de guloseimas mostrou aumentar em mais de 20 vezes a chance de a criança ter índice ceo-d acima de 1. A frequência de escovação tende a diminuir à medida que as crianças se tornam mais velhas e quanto mais tempo a criança utiliza a chupeta. Além disso, quanto mais tempo a criança usa mamadeira, maior é o tempo de uso da chupeta, sugerindo que a mamadeira é indiretamente, fator agravante. |