Efeito da educação cruzada sobre a função muscular durante o destreinamento em mulheres idosas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/680 |
Resumo: | Idosos apresentam incapacidade de recuperar totalmente função muscular com o retorno das atividades após um período de inatividade física. Assim, evitar a inatividade física é uma estratégia importante para impedir a perda de função muscular. Porém, em certas situações, tal como lesões osteomusculares, uma parte do corpo (uma perna ou um braço) é forçada (e.g. dor) a inatividade física (ou baixa atividade física) para a recuperação. Neste sentido, a estratégia que parece ser a mais adequada é a educação cruzada, na qual o treinamento de um membro promove adaptações no membro contralateral não treinado, evitando a perda da função muscular do membro inativo. Porém, essa estratégia ainda não foi testada em idosos ativos. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de quatro semanas de educação cruzada sobre a função do quadríceps durante o destreinamento. Foram selecionadas 19 idosas que passaram por um período de treinamento de 10 semanas conduzido previamente. Essas idosas foram randomizadas em grupo controle (CO), n= 8, ou transferência cruzada (TC), n= 11. Foram avaliados uma repetição máxima (1RM), força, torque, potência, velocidade e atividade mioelétrica (EMG) antes e após um período de quatro semanas de destreinamento e de educação cruzada na cadeira extensora unilateral. O grupo TC realizou exercício de extensão unilateral de joelho, sendo a primeira semana: três séries de dez repetições com carga de 70% de 1RM, segunda semana: três series de oito repetições com carga de 75% de 1RM, terceira semana: três series de oito repetições com carga de 80% de 1RM e quarta semana: três séries de seis repetições com carga de 85% de 1RM. Após quatro semanas, 1RM, a força (N) média em 40% e em 60% de 1RM, torques médios em 40% e 60% de 1RM reduziram em ambos os grupos (P<0,001), sem interação entre eles (P>0,05). Houve redução do pico de torque a 60% no grupo CO, mas não para o grupo TC (P=0,044). Ocorreu redução da potência média e pico a 60% somente no grupo CO (P=0,003 e P=0,022, respectivamente). No entanto, para a velocidade pico e médio em 60% de 1 RM, o grupo CO apresentou redução, enquanto o grupo TC apresentou manutenção (P = 0,039 e P = 0,035, respectivamente). Para a EMG do teste de 1RM (RMS ou pico) corrigida pela a EMG do teste de CIVM (RMS ou pico), somente o grupo transferência mostrou aumento sobre essa variável no teste de 60% de 1RM (RMS/RMS da CIVM: P = 0,037 e PICO/PICO CIVM: P = 0,027). Portanto, o treinamento proporcionou respostas positivas para o grupo TC, sugerindo que a educação cruzada pode evitar os efeitos de quatro semanas de destreinamento sobre a força e a potência musculares em idosos. Além disso, as adaptações parecem estar associadas à especificidade da carga de treinamento e por adaptações neurais verificadas através da atividade mioelétrica. |