Todo cambia: ousadia criativa nas práticas pedagógicas cotidianas de uma professora de espanhol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: FIUZA , Ana Cristina Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1769
Resumo: Esta é uma pesquisa insubordinada criativa de uma professora, sobre professores, para professores. Inspirada na Perspectiva Ecologista da Educação, que nos convida a voltar o olhar para a existência e para a relação dos indivíduos com o meio em que se vive, busco compreender como insubordinação criativa conceito muito utilizado na educação matemática, que interfere e desloca minha prática pedagógica cotidiana nas aulas de espanhol como língua estrangeira (E/LE). Voltando o olhar para meu próprio cotidiano escolar e os processos formativos que o atravessam, (re)significando e atribuindo novos olhares por meio das narrativas, reconheci a ousadia criativa como constituinte de minha práxis. E defendo aqui que ousadia e insubordinação criativas são movimentos distintos, porém indissociáveis. A ousadia criativa apresenta-se como um componente tridimensional, composto por ousadia indignativa, insubordinação criativa e ousadia da responsabilização. Esta é uma pesquisa qualitativa e também uma pesquisa narrativa que se apresenta em dois movimentos: da bio:grafia e das narrativas ficcionais, que me auxiliam na compreensão dos fatos e do processo. Utilizei as narrativas bio:gráficas no movimento de voltar o olhar para minha práxis docente, possibilitando-me evocar a historicidade e a subjetividade da professora em formação contínua que sou, revisitando minha experiência das trajetórias de escolarização, que oferecem pistas sobre as práticas educacionais que moldaram minha existência e marcaram minha vida. Por meio das narrativas ficcionais, apresento histórias “vividassentidas”, criadas, pensadas, repletas de vozes de outras pessoas que fazem parte do meu cotidiano, além minha própria voz, compondo o corpo investigativo deste álbum-tese, buscando reconhecer e compreender as perspectivas existenciais, ontológicas e epistemológicas no contexto de minha vida em suas diversas dimensões. Esteticamente, esta pesquisa é um convite à desnaturalização de nossos vícios de leitura acadêmica e, para isso utilizei a evolução das mídias utilizadas para veiculação musical como uma grande metáfora do armazenamento de nossas memórias escritas no grande livro da vida. Para isso, apropriei-me da voz de Mercedes Sosa para (en)cantar comigo, dando o tom dos musicapítulos compostos neste álbum-tese. Considerando o ser inacabado que sou, após este exercício restritivo de tirar o foco do que acontece no externo, voltando o foco para o interior, buscando compreender o que eu faço com o externo que me acontece e me atravessa, utilizei como música, tema central desta pesquisa, a canção “Todo cambia”, relacionando-a à necessária evolução do meu fazer docente, alterando-se com/pelo/para o cotidiano. ‘Todo cambia’, tudo se transforma, metamorfoseia-se a partir da nossa tomada de consciência sobre nosso fazer em nosso cotidiano dando início a um poderoso e estimulante processo de reflexão além de inundar o mundo com experiências narrativas transformadoras.