Investigação molecular de variantes genéticas do gene FTO na obesidade infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CARVALHO, Mariana Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/785
Resumo: A prevalência da obesidade vem crescendo de forma expressiva no mundo todo, chegando a ser considerada, em muitos lugares, a maior epidemia de saúde pública e a principal causa de morte prematura. É definida como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que pode prejudicar a saúde. Inúmeros estudos têm avaliado genes e sua associação com a obesidade infantil. O gene FTO (fat mass and obesity associated) é um dos mais relacionados à obesidade, no qual sua superexpressão está relacionada ao aumento de peso nesta condição, podendo ser modulada por variantes genéticas. Este trabalho tem como objetivos investigar as frequências das variantes genéticas rs9940128, rs8050136, rs9939609 do gene FTO, em crianças com sobrepeso e obesidade e verificar associação destas e parâmetros como sexo, histórico de obesidade na família e atividade física com a obesidade infantil. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle retrospectivo com 364 indivíduos, dos quais o grupo de estudo compreendeu 186 crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos diagnosticadas com sobrepeso ou obesidade. Fizeram parte do grupo controle 178 adultos, os quais não tiveram sobrepeso ou obesidade na infância. Para a avaliação das variantes genéticas foi realizada a técnica de PCR em Tempo Real, PCR aleloespecífico e PCR-RFLP. Para comparar as distribuições das frequências alélicas e genotípicas entre os grupos e verificar se as distribuições genotípicas estavam em Equilíbrio de Hardy-Weinberg (EHW), foi utilizado o teste de Qui-Quadrado (2). Para a análise do modelo de herança e dos haplótipos, foi utilizado o programa SNPStats. O modelo de regressão logística múltipla foi utilizado para determinar o efeito das variáveis analisadas e o desenvolvimento de obesidade infantil, incluindo fatores sociodemográficos, sinais clínicos e dados moleculares. O nível de significância considerado foi de 5% (p≤ 0,05). A frequência do genótipo heterozigoto foi maior nos grupos estudados para as três variantes genéticas. Na análise de regressão logística, o parâmetro mãe com excesso de peso e presença do alelo A da variante genética rs9940128 foram estatisticamente significativos (0,0225 e 0,0439, respectivamente). Não foi encontrada associação das variantes genéticas rs9940128 G>A, rs8050136 A>C e rs9939609 A>T, dos haplótipos, modelos de herança mendeliana e os parâmetros estudados com a obesidade infantil, exceto para mãe com excesso de peso, o que pode conduzir a pesquisas acerca do papel da8 herdabilidade nesta doença e no monitoramento familiar de crianças que apresentam excesso de peso.