Atividade antifúngica de uma beta-amino-cetona (base de Mannich) contra espécies patogênicas de Trichophyton

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CAMPOS, Jessica Cristina Polveiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1368
Resumo: Os membros do gênero Trichophyton são importantes patógenos humanos causadores de micoses cutâneas, e a espécie T. rubrum é a responsável pela maioria dos casos. Atualmente há uma grande necessidade de desenvolver novos fármacos antifúngicos, visto que os medicamentos disponíveis apresentam problemas como falta de eficácia e elevada toxicidade. Diante disto, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade de nove compostos da classe de beta-amino cetonas contra espécies de Trichophyton. A atividade antifúngica foi determinada pelo ensaio de microdiluição em caldo, a partir do qual foram definidas as concentrações inibitórias mínimas (CIM) dos compostos. Dentre os compostos testados, o 3- (morfolina-4-il)-1-fenilpropan-1-ona (AB1) foi o mais ativo, apresentando CIM de 7,81 µg/mL contra T. rubrum. Este composto demonstrou também alguma seletividade para T. rubrum em comparação a outro fungo (Candida albicans - CIM de 250 µg/mL) e a bactérias [Staphylococcus aureus (CIM de 62,5 µg/mL) e Escherichia coli (CIM de 250 µg/mL)]. Além disso, AB1 exibiu atividade fungicida e foi igualmente ativo contra conídios e hifas de T. rubrum, sendo também ativo contra amostras clínicas de Trichophyton spp. Nestas amostras clínicas os valores de CIM de AB1 foram frequentemente menores do que aqueles do antifúngico de referência (fluconazol). Foi testada ainda a toxicidade de AB1 em células humanas (MRC-5), usando o ensaio com MTT, por meio do qual foram determinados os valores de IC50 (concentração que inibe 50% do crescimento celular) e do índice de seletividade (IS), os quais foram 37,75 µg/mL e 4,83, respectivamente. Também foi avaliada sua toxicidade in vivo em larvas de Galleria mellonella, onde o composto não demonstrou toxicidade até a maior concentração testada (160 mg/mL). Por fim, foi realizado o ensaio de microscopia confocal de varredura a laser, que revelou danos na membrana celular e inibição no crescimento das hifas de T. rubrum após o tratamento com AB1. O conjunto dos dados indica que o composto AB1 possui potencial para ser desenvolvido como novo agente antifúngico direcionado para o tratamento de micoses causadas por espécies de Trichophyton.