Os “dinossauros” como marcas patêmicas: a relação museu/escola na comunidade rural de Peirópolis, município de Uberaba/MG
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/971 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como ponto inicial para seus estudos e reflexões, a busca pela compreensão da relação existente entre o "Museu dos Dinossauros" e a "Escola Municipal Frederico Peiró", ambos localizados na Comunidade Rural de Peirópolis, município de Uberaba, Minas Gerais, Brasil. Nossa pesquisa aproveita-se das particularidades ímpares da comunidade rural de Peirópolis, pois, o referido museu localiza-se bem diante da escola, há aproximadamente 100 metros dela. E para entender esta relação, buscamos compreender a visão de um grupo de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da referida escola por intermédio da metodologia do Grupo Focal. Para tanto, procuramos compreender as falas e desenhos produzidos por este grupo de alunos sobre o tema investigado, ou seja, como os alunos e a própria escola percebem o Museu dos Dinossauros? Para analisar tais falas e representações gráficas (desenhos) sobre a temática "Dinossauros" representada pelas peças (fósseis e réplicas) expostas em tal espaço, utilizamos o aporte teórico da análise do processo discursivo, especialmente os estudos de Patrick Charaudeau sobre os registros e marcas patêmicas relacionadas ao tema em foco. Este estudo nos permitiu verificar a força da temática "dinossauros" como marca patêmica, a qual vem sendo potencializada pelo cinema desde os anos 1914. As falas e desenhos dos sujeitos pesquisados apontaram para o interesse e o fascínio que o tema exerce sobre as crianças. Por outro lado, mesmo havendo este interesse, a pesquisa também aponta para a ausência de uma utilização sistemática e planejada do museu por parte da escola em foco, isto é, a análise das falas indicou que boa parte dos conhecimentos que os sujeitos investigados detêm acerca do tema, vêm do cinema, desenhos e/ou visitas esporádicas ao mencionado museu. A falta de utilização e/ou subutilização do museu pela escola nos mostra que, embora os alunos detenham conhecimentos desarticulados, fragmentados sobre o tema (o que é normal, pois estão em formação), eles não correlacionam, completamente, o museu como característica do "lugar" como espaço que lhes pertencem, como espaço vivido. Entretanto, a pesquisa sinalizou para a grande gama de informações que podem ser utilizadas pela escola para a formação integral dos educandos. Por fim, pudemos verificar que a relação escola/museu pode ser estreitada e que tais espaços podem se complementar não somente para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, mas, sobretudo, para a efetivação de propostas que envolvam a escola, o museu e a comunidade rural de Peirópolis, o que pode contribuir para a potencialização intelectual dos alunos, a formação de professores por intermédio da construção de novas metodologias de ensino, bem como para o fortalecimento e divulgação do potencial científico e turístico de toda a comunidade investigada. Neste sentido, estar-se-ão edificando os principais aspectos e fatores necessários para a construção da identidade dos educandos no contexto de sua realidade local. |