Avaliação da resposta imune celular e humoral específica ao Toxoplasma godii em pacientes imunomodulados devido ao uso de bloqueadores de TNF
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1057 |
Resumo: | A toxoplasmose é uma das zoonoses mais prevalentes no Brasil e no mundo e pode trazer consequências graves em imunossuprimidos. Por essa razão, existe uma grande preocupação com a prevenção e com o monitoramento de toxoplasmose aguda nesses grupos de pacientes. Nos últimos anos, os antagonistas de TNF têm sido utilizados para o tratamento de doenças autoimunes (DA) e proporcionado um melhor controle dos sintomas e qualidade de vida para esses indivíduos. No entanto, durante a fase crônica de toxoplasmose o IFN-γ e seu receptor, IFN-γR, necessitam da atuação também de TNF-α e TNFR para a manutenção da resistência e latência da doença, e vários estudos demonstraram risco de reativação de infecções latentes, incluindo a toxoplasmose, em pacientes com DA em uso de imunomoduladores, devido à diminuição da vigilância dessas citocinas. No presente estudo, objetivou-se verificar se pacientes portadores de doenças autoimunes e em uso de antagonistas de TNF possuem algum indício de risco aumentado de reativação de toxoplasmose. Para tanto, foram coletadas amostras de sangue periférico dos pacientes que já tiveram contato com o Toxoplasma gondii (IgG+), portadores de doenças autoimunes que estavam em uso de drogas sintéticas (DS) e/ou imunobiológicos (IB) e de indivíduos do grupo controle (GC), e as células mononucleares do sangue periférico foram separadas e avaliadas após estimulação com antígenos solúveis totais de Toxoplasma gondii e com anti-CD3 e anti-CD28 ou sem nenhum estímulo, nos tempos de 48 e 96 horas. Foram avaliados os seguintes marcadores: CD69+ e CD28+ para ativação e PD- 1 para exaustão; expressão intracelular de IFN-γ, IL-17 e IL-10 por CD4+ e presença de células T CD4+ regulatórias, pela marcação de CD25+, FOXP3 e LAP. A produção das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IFN-γ, TNF-α e IL-17 foi dosada em sobrenadante de cultura após 96 horas. As sorologias para IgG total e IgG1 também foram avaliadas. Observou-se que não houve diferença nos níveis de IgG total e IgG1 entre os grupos, porém foi possível observar que a avidez de IgG1 estava diminuída no IB em relação ao GC. Todos os grupos apresentaram forte correlação entre a positividade de IgG e IgG1. Com relação à análise celular, foi visto que linfócitos T CD4+ expressando PD-1 estão aumentadas em indivíduos com DA e em uso de DMARDs. Foi verificado ainda que o tratamento com bloqueadores de TNF pareceu não exercer influência sobre as populações das células T regulatórias estudadas e não interferiu nem na expressão das citocinas IFN-γ, IL-17 e IL-10 por células CD4+, nem na produção de citocinas por PBMCs de pacientes com DA. Dessa forma, podemos concluir que aparentemente o uso de imunobiológicos isoladamente não ésuficiente para desequilibrar a imunidade a ponto de prejudicar a resposta à infecção por Toxoplasma gondii e predispor a reativação de toxoplasmose. |