A aquisição da linguagem escrita do aluno com TEA
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1496 |
Resumo: | Este trabalho buscou desenvolver um estudo sobre a aquisição da linguagem escrita do aluno com autismo, restringindo-se ao Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional classificado pela CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como 6A02.0. O foco da análise recaíra no uso da linguagem escrita, na forma de organização e no conteúdo. A opção por desenvolver um estudo somente da escrita do aluno com diagnóstico de autismo leve se deve a compreensão de que a aquisição da linguagem nos diversos níveis do TEA não pode ser tratada como um processo homogêneo. Nesse sentido, optamos por começar o estudo dessa questão pelos alunos com TEA que apresenta domínio da linguagem verbal. Para alcançar o objetivo geral, foram elencados os seguintes objetivos específicos: a) descrever e analisar a organização e desenvolvimento linguístico dos textos escritos; b) descrever e analisar como o aluno com autismo considera a relação eu/outro na produção escrita; c) analisar o funcionamento linguístico-enunciativo das produções textuais; d) produzir reflexão sobre os percursos de aprendizagem da escrita por alunos com autismo. Assim, para compor o corpus desta pesquisa, foram coletadas fotos de textos dos cadernos de Língua Portuguesa de três alunos matriculados no Ensino Fundamental da rede pública de ensino, um aluno do 6º e dois do 9º ano. O estudo dessas produções visa responder ao seguinte questionamento: Como se constitui a linguagem do aluno com autismo para aqueles que escrevem1? A análise foi realizada por meio da linguística textual e a concepção de língua adotada no trabalho será a concepção sociointeracionista. A base teórica do projeto será composta por Bakhtin (2003), Vigotski (2001, 2004), Geraldi; Fichtner e Benites (2007). Constatamos através das análises que os alunos participantes apresentaram algumas dificuldades, com: separação silábica; o uso de “S”, “SS”, “C” e “Ç”; caligrafia; acentuação; pontuação; a realização de cópias; linguagem figurada e informações implícitas. Estas dificuldades apontaram para características do TEA, sendo elas: disortografia, dificuldade motora fina, hiperfoco, inabilidade pragmática e pensamento concreto. Assim acreditamos que nosso trabalho contribui com pistas que nortearão pesquisas futuras que busquem compreender a linguagem de pessoas com autismo leve a fim de melhorar as formas de ensino para estas pessoas. |