Prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos.
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/132 |
Resumo: | Introdução: Com o processo de transição demográfica e epidemiológica tem ocorrido o crescimento da população idosa e, consequentemente, mudanças no perfil de morbimortalidade, com destaque para as doenças cardiovasculares. Ainda são escassas as pesquisas sobre os fatores de risco cardiovascular na população idosa de municípios de pequeno porte. Tais pesquisas contribuem para identificar os idosos que possuem maior risco de desenvolver a doença cardiovascular, assim como subsidia os serviços de saúde para desenvolver ações visando à prevenção. Objetivos: Descrever as características sócio-demográficas dos idosos residentes no município de Água Comprida-MG; identificar a prevalência dos fatores de risco para doenças cardiovasculares nos idosos e compará-los com o sexo e a faixa etária dos idosos. Procedimentos Metodológicos: Trata-se de um estudo de prevalência com delineamento observacional, descritivo e transversal. A população foi constituída de 134 idosos. A coleta de dados foi realizada em duas etapas; na primeira utilizou-se a entrevista para obtenção das características sóciodemográficas, prevalência de fatores de risco e aferição de dados antropométricos como peso, altura, circunferência abdominal e a medida da pressão arterial. Na segunda etapa realizou-se a coleta de sangue para dosagem dos exames laboratoriais a fim de verificar o perfil glicêmico e lipídico dos idosos. Para análise dos dados utilizou-se frequência simples, proporção para descrever a prevalência e o teste de qui-quadrado para as comparações (p<0,05). Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Resultados: Obteve-se maior percentual de idosos na faixa etária de 60├70 anos (50%), sexo feminino (57,5%), cor da pele parda (46,2%) e casados (58,2%). Quanto à faixa de escolaridade, os idosos que nunca estudaram (31,3%) e que estudaram de 4├8 anos (31,3%) apresentaram mesmo percentual. A maioria não trabalha (76,9%) e, destes 83,5% eram aposentados e 15,5% pensionistas; a renda individual mensal era de um salário mínimo. Os fatores de risco cardiovascular mais prevalentes entre os idosos foram a circunferência abdominal aumentada (77,6%), hipertensão arterial (67,2%), e sedentarismo (59,7%). A comparação entre os sexos evidenciou que as mulheres apresentaram maior prevalência de sedentarismo e aumento de circunferência abdominal do que os homens. Por outro lado, houve maior proporção de alcoolismo entre os homens do que mulheres. Contudo, dentre os 12 fatores de risco investigados, as mulheres idosas apresentaram maior percentual, ainda que não estatisticamente significante, em nove deles. A prevalência de obesidade foi significativamente maior nos idosos com 60├70 anos em relação às outras faixas etárias. Os idosos de 80 anos e mais apresentaram menor proporção de exames laboratoriais alterados. Conclusão: Observa-se que os idosos do sexo feminino e da faixa etária de 60├70 anos estão mais vulneráveis ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares. O controle de fatores de risco contribui para diminuir a morbimortalidade em idosos e, consequentemente, melhorar a sua qualidade de vida. |