Exercício físico multifuncional, concentrações plasmáticas de BDNF e desempenho cognitivo de idosos com doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FIGUEIREDO, Karina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1071
Resumo: Apesar de evidências recentes, pouco se sabe sobre a relação o Brain Derived Neurotrophic Factor (BDNF), doença de Alzheimer (DA) e cognição. O BDNF é uma proteína que age na neuroplasticidade e neurogênese e, dessa forma, pode contribuir para a funcionalidade cognitiva em humanos. Neste sentido, estudos apontam que idosos com DA possuem concentrações mais baixas desse biomarcador. Por outro lado, em idosos saudáveis, o exercício físico (EF) tem sido considerado efetivo para elevar as concentrações de BDNF, porém, ainda existe uma lacuna na literatura quanto a associação entre concentrações plasmáticas de BDNF de idosos com DA com diferentes níveis de atividade física (NAF). Além disso, o EF especialmente o multifuncional tem sido considerado uma importante estratégia para redução dos impactos negativos no dia a dia de idosos com DA. Dessa forma, a presente dissertação foi desenvolvida no formato de dois artigos. O estudo 1 teve como objetivo verificar os principais efeitos dos protocolos de exercício físico multifuncional (EFM) na DA e descrever as características metodológicas empregadas nas pesquisas dos últimos 10 anos sobre EFM e DA. Foi realizada uma busca nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PUB MED) via MEDLINE e Web of Science. Este estudo adotou os itens e recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e os artigos selecionados foram analisados conforme as características metodológicas. Dos 2005 artigos encontrados inicialmente, 6 estudos foram incluídos nesta revisão. As evidências sugerem que a prática do EFM pode ter efeitos positivos na funcionalidade cognitiva, motora e comportamental quando realizado a tarefa motora concomitantemente a tarefa cognitiva. Além disso, sugere-se novos estudos que controlem melhor seus métodos. O estudo 2 teve como objetivo comparar as concentrações plasmáticas de BDNF e NAF no desempenho cognitivo de idosos com DA fisicamente ativos, com idosos com DA insuficientemente ativos. Participaram do estudo 34 idosos com diagnóstico de DA nos estágios leve e moderado. Os idosos foram divididos em dois grupos: 16 idosos com DA fisicamente ativos (G1) e 18 idosos com DA insuficientemente ativos (G2). Os idosos foram submetidos aos seguintes instrumentos de avaliação: Anaminese, Escore de Avaliação Clínica de Demência, Mini Exame do Estado Mental, Teste do Desenho do Relógio, Bateria de Avaliação Frontal, Teste de Fluência Verbal Semântica, Escala de Depressão Geriátrica, Questionário de Atividades Funcionais de Pfeffer, Questionário Baecke Modificado para Idosos e ainda a coleta sanguínea para obtenção as concentrações plasmáticas de BDNF. Para a análiseestatística utilizou-se o teste de Shapiro Wilk para verificar a distribuição dos dados e ANOVA One-way para comparação das variáveis entre os grupos. Idosos com DA fisicamente ativos quando comparados a idosos com DA insuficientemente ativos tem melhor desempenho cognitivo e menos sintomas depressivos. O pior desempenho cognitivo em idosos com DA insuficientemente ativos pode ser influenciado pela escolaridade e pelos sintomas depressivos. Os idosos com DA fisicamente ativos apresentaram concentrações plasmáticas de BDNF similares aos idosos com DA insuficientemente ativos.