Transtornos mentais comuns e qualidade de vida entre profissionais de saúde em um hospital de ensino.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/113 |
Resumo: | Os Transtornos Mentais Comuns (TMC) apresentam elevada prevalência em diversas populações gerais e trabalhadores, sobretudo entre os profissionais de saúde. Os transtornos mentais podem ocasionar consequências sociais, redução na produtividade laboral e sofrimento psíquico. Este estudo objetivou analisar a relação de Transtornos Mentais Comuns e Qualidade de Vida entre os profissionais de saúde de um hospital de ensino. Trata-se de um estudo observacional, transversal com abordagem quantitativa, realizado entre 359 profissionais de saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, protocolo nº 2505. Os participantes responderam um instrumento contendo variáveis sociodemográficas e profissionais; outro, para verificar a prevalência de TMC (SRQ-20); e outro, para avaliação da Qualidade de Vida (WHOQOL-bref). Os dados foram duplamente digitados no programa Microsoft Excel®, e importados ao Statistical Package for Social Sciences, versão 20.0, para análise. Foi observado predomínio do sexo feminino (77,2%), com idade entre 30 e 39 anos (35,9%); com renda entre 2 e 4 salários mínimos (31,5%). Quanto ao perfil profissional, (54,9%) pertenciam ao turno diurno; (67,1%) referiram apenas um vínculo empregatício; (28,4%) tinham de 1 a 5 anos na profissão. Entre os profissionais de saúde detectou-se uma prevalência geral de (27,9%) para TMC. Dentre os sintomas avaliados predominou o grupo de sintomas humor depressivo/ansioso, com destaque para a queixa sentir-se nervoso, tenso ou preocupado (64,6%). A análise bivariada demonstrou que a prevalência de TMC foi de (33,6%) na equipe de enfermagem, (17,9%) entre outros profissionais de saúde e (9,1%) em médicos. A análise de regressão logística revelou que entre os profissionais de saúde, as mulheres tiveram chance 2,36 vezes mais elevada (1,09- 5,10) de apresentar TMC e entre aqueles com idade inferior a 39 anos apresentaram chance 2,21 vezes mais elevada (1,31-3,71) de o rastreamento para TMC ser positivo, mesmo após o ajuste por variáveis identificadas como potenciais confundidoras. O domínio do WHOQOL-bref que apresentou o maior escore foi o físico (68,98 pontos) e o menor escore foi o ambiental (58,17 pontos). Pessoas com renda familiar mais alta apresentaram escores mais elevados de QV para todos os domínios. Quanto à variável sexo, os escores dos domínios físico, psicológico e ambiental de QV obtidos no grupo do sexo masculino foram maiores que os do grupo do sexo feminino. Em relação ao turno de trabalho, para o domínio físico outros turnos apresentou o maior escore de QV quando comparado ao turno noturno. Os resultados da análise de regressão linear múltipla demonstram que apresentar TMC e fazer parte da categoria de enfermagem impactou negativamente nos domínios físico e ambiental de QV, no entanto, ter maior renda familiar e ser do sexo feminino aumenta positivamente o domínio ambiental da QV. O indicativo de TMC foi o preditor que mais impactou negativamente em todos os domínios de QV. Os resultados obtidos neste estudo evidenciaram que a presença de TMC afeta negativamente a QV, sendo necessário propor medidas para promover à saúde dos profissionais de saúde. |