Práticas da oralidade em tempos de letramento digital com alunos do ensino fundamental II em uma escola pública de Olímpia-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ALMEIDA, Joseane Aparecida da Silva Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/1018
Resumo: Nesta pesquisa, tomamos como objeto de estudo as instâncias formais da oralidade, com o objetivo de promover uma reflexão acerca da interação verbal e produção de sentido promovido pelos recursos prosódicos. Apresentamos e aplicamos uma proposta de intervenção constituída por três etapas, com atividades que promoveram a observação e experimentação do planejamento de ações comunicativas orais. A proposta de intervenção culminou na produção do gênero oral spot de rádio, com a finalidade de convencer a comunidade escolar a participar de ações comunitárias dentro do espaço do educandário e, com isso, promover a organização e melhor uso de ambientes compartilhados por todos. Apoiamo-nos nesse gênero como instrumento social por compreendermos que, pelo fato de ser multimodal, pode propiciar a protagonismo juvenil e o letramento digital e crítico. As atividades foram desenvolvidas em 12 h/aulas pelas quais os educandos do 7º ano de uma escola pública em Olímpia –SP foram levados a refletirem, observarem e experimentarem a exposição oral pública de modo a se prepararem para agirem socialmente por ela. Na etapa 1, focalizamos a apresentação do gênero oral spot de rádio como uma das práticas de oralidade, dando ênfase a função social que exerce; na etapa 2, dividida em dois módulos, sendo que, no primeiro, apresentamos um texto literário com foco na interação verbal e destacando os aspectos prosódicos, como entonação que a personagem explora para a produção de sentidos. Em seguida, desenvolvemos uma atividade de marcação de entonação e geração de possíveis sentidos; na culminância desta proposta, na etapa 3, os alunos produziram spots com base nas reflexões que fizeram e em uma pesquisa realizada no âmbito escolar que apontou espaços a serem melhor organizados e utilizados por toda a comunidade escolar. Como fundamentação teórica, embasamo-nos, em Bakhtin (1992), Schneuwly e Dolz (2004, 2011), Marcuschi (2007, 2011), Soares (1999), Kleiman (1995), Koch (2012), no documento oficial que rege a Educação Básica brasileira, a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), entre outros autores. Assim, nortearmos nossa pesquisa sobre oralidade, gêneros discursivos e letramento. Como dados de análise, foram utilizadas algumas produções dos sujeitos pesquisados. Os resultados levam-nos a inferir que as práticas da oralidade se voltadas para a participação efetiva dos alunos diante das relações sociais no contexto escolar, com foco na interação verbal real e pautada no estudo do gênero e da língua em pleno funcionamento, impulsionam a aprendizagem porque assim, garantimos a atuação genuína dos alunos em ações que podem ampliar a competência comunicativa, discursiva e socioemocional com reflexos não apenas na escola, mas para além dos muros que a cerca.