Sarcopenia em idosos residentes na comunidade: prevalência e associação com atividade física e comportamento sedentário
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1203 |
Resumo: | A sarcopenia é considerada um problema crescente na saúde pública, sendo caracterizada pela diminuição da quantidade e qualidade muscular relacionada com o envelhecimento humano, progredindo para incapacidade e mortalidade. Sua ocorrência sofre variações que dependem da população estudada, como sexo, idade, composição corporal entre as etnias, condições de vida, instrumentos e critérios de diagnóstico. A partir das taxas de prevalência e associações com variáveis comportamentais e de saúde, é possível ampliar a compreensão sobre a doença. Portanto, foram elaboradas duas investigações: 1) uma revisão sistemática com metanálise, para mensurar a taxa de prevalência de sarcopenia na população idosa brasileira que reside na comunidade; 2) um estudo observacional, analítico e de delineamento transversal com o propósito de examinar os efeitos hipotéticos de substituição do tempo despendido em sono, comportamento sedentário e domínios da atividade física (AF) na sarcopenia em idosos. No estudo de revisão sistemática, foram realizadas buscas por meio das bases de dados PubMed, Medline, LILACS e SciELO, acessadas por meio do Portal de Periódicos Capes e BVS, com a seleção dos estudos com a informação da prevalência de sarcopenia na população idosa brasileira. A metanálise foi realizada para mensurar a prevalência de sarcopenia utilizando o modelo de efeito aleatório, sendo a heterogeneidade avaliada pelo teste do Qui-quadrado com significância de p < 0,10 e sua magnitude quantificada pelo o I2. O estudo transversal foi realizado com 457 idosos residentes na cidade de Alcobaça (BA), cadastrados na Estratégia Saúde da Família. Os idosos que participaram da pesquisa preencheram todos os critérios necessários, assinaram o termo de consentimento, responderam a uma entrevista estruturada com perguntas sobre variáveis sociodemográficas, aspectos de saúde e componentes comportamentais. A sarcopenia foi avaliada conforme o consenso EWGSOP. As análises dos dados foram realizadas por meio de procedimentos da estatística descritiva (distribuição da frequência absoluta e relativa), cálculo de medida de tendência central (média) e de dispersão (desvio-padrão) e inferencial, sendo utilizados modelos de substituição isotemporal, por meio da estimativa da razão de prevalência (RP), com respectivos IC de 95%, a partir da regressão de Poisson, com variância robusta, sendo p < 0.05. A prevalência de sarcopenia na população brasileira residente na comunidade, conforme a metanálise, foi de 15,0% (IC 95%: 11,0 – 20,0; I2 = 96,7%), enquanto o resultado do presente estudo foi de 15,8% (n = 72), com IC de 95%. Ao realizar as análises da substituição isotemporal, foi observado que a substituição do tempo despendido em comportamentos como sono, comportamento sedentário e atividade física doméstica por atividade física de transporte pode reduzir a prevalência de sarcopenia. Quanto maior o tempo substituído, maiores serão os benefícios à saúde. Substituir comportamentos sem movimento por atividade física de transporte pode ser efetivo para diminuir a ocorrência de sarcopenia. Estratégias são necessárias para promover intervenções associadas à prática de atividade física e diminuição das taxas de comportamento sedentário para prevenir e mitigar os riscos à sarcopenia. |