Dosagem sérica do hormônio anti-mulleriano como marcador diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos: uma revisão sistemática com metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: GOMES, Mariane de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1839
Resumo: Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é o distúrbio endócrino-metabólico que mais afeta mulheres em idade reprodutiva e possui diferentes métodos de diagnóstico. Objetivos: A dosagem sérica do hormônio anti-mulleriano (AMH) tem sido proposta pelos pesquisadores como um marcador diagnóstico dessa síndrome, mas há divergências sobre este na literatura. Materiais e métodos: Para resolver essas divergências, uma revisão sistemática da literatura (RS) com metanálise foi feita, sendo realizadas buscas eletrônicas e manuais nos bancos de dados Cochrane Library, Embase, Lilacs, Pubmed, Scopus e Web of Science e na literatura cinzenta Google Scholar, com o objetivo de identificar todos os estudos, sem limitação de tempo e idioma, que respondessem à pergunta desta revisão: “A dosagem sérica do hormônio anti-Mulleriano pode ser usada como marcador diagnóstico da SOP comparada a dosagem sérica de andrógenos e a ultrassonografia transvaginal/abdominal?”. Foram executadas a seleção dos estudos, extração de dados, análise do risco de viés dos estudos incluídos e análise da certeza da evidência, por meio da ferramenta QUADAS-2 e GRADE, respectivamente, além da análise dos dados e metanálise. Resultados: No total, 45 estudos foram incluídos na presente RS. Os estudos apresentaram baixo risco de viés nos domínios Padrão de referência” e “Fluxo e tempo”, mas apresentaram risco de viés moderado e alto risco de viés nos domínios “Seleção de pacientes” e “Teste índice”, respectivamente. A metanálise para os estudos caso-controle apresentou uma sensibilidade e especificidade de 81 e 82%, enquanto que a metanálise para os estudos transversais apresentou uma sensibilidade e especificidade de 80 e 85%. A análise da certeza da evidência foi “baixa”. Conclusão: Essa RS evidenciou que a dosagem sérica do hormônio anti-Mülleriano pode ser usado como marcador diagnóstico da SOP se a idade, padronização dos ensaios, fenótipos e IMC forem considerados. Caso o contrário, esse hormônio deverá ser utilizado como adjuvante aos critérios diagnósticos da SOP estabelecidos por consensos e/ou diretrizes. E conjuntamente a isso, as concentrações séricas do AMH refletiram a gravidade da SOP.