Anatomia ultraestrutural do nervo frênico de ratos: alterações decorrentes do diabete experimental crônico.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Patologia Geral BR UFTM Programa de Pós-Graduação em Patologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/12 |
Resumo: | Estudos em nível de microscopia de luz do nervo frênico foram realizados em nosso laboratório, para investigar a presença de neuropatia desse nervo, devido ao diabete experimental crônico, induzido por estreptozotocina (STZ). Demonstramos que as fibras mielínicas, principalmente as de grande calibre, são afetadas pelo diabete crônico experimental. Entretanto, não existem relatos sobre as alterações das fibras amielínicas do nervo frênico nesse modelo de diabete experimental. Nosso objetivo, com o presente estudo, foi realizar uma avaliação morfométrica ultraestrutural do nervo frênico de ratos com diabete crônico induzido experimentalmente, com e sem tratamento com insulina. Os segmentos proximais e distais dos nervos frênicos de ratos com diabete crônico (12 semanas), induzido pela injeção endovenosa única de STZ, foram preparados com técnicas histológicas convencionais para a análise em nível de microscopia eletrônica de transmissão. Animais controle receberam injeção de veículo (tampão citrato) e animais diabéticos crônicos tratados, receberam uma dose diária de insulina subcutânea, ao anoitecer. Secções transversais ultrafinas dos nervos frênicos foram observadas em um microscópio eletrônico de transmissão acoplado a uma câmera digital de alta resolução. Campos microscópicos adjacentes da área endoneural dos fascículos foram obtidos manualmente, sem sobreposição dos mesmos. As fibras amielínicas presentes em cada campo microscópico foram identificadas visualmente e contadas. A análise morfométrica das fibras amielínicas foi realizada com o auxílio do programa KS 400, versão 2.0. Nossos resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os parâmetros morfométricos das fibras amielínicas quando comparados segmentos de um mesmo lado ou ambos os lados, em um mesmo grupo experimental. Entre os grupos experimentais, observamos, nos animais diabéticos de ambos os grupos, alterações ultraestruturais significativas, tais como hiperplasia capilar e espessamento da membrana basal dos mesmos. Tanto as fibras mielínicas quanto as amielínicas se mostraram afetadas pelo diabete crônico. As fibras mielínicas de grande calibre apresentaram sinais de atrofia axonal, com afrouxamento da bainha de mielina. Nas fibras mielínicas de menor calibre, observamos a presença tanto de sinais de atrofia axonal, com fibras de bainha muito espessa em relação ao tamanho do axônio, bem como fibras com sinais de desmielinização. Nas fibras amielínicas, muitas vezes, observamos células de Schwann com vacúolos citoplasmáticos e, algumas vezes, a presença de prolongamentos de células de Schwann, sem envolver fibras amielínicas. A morfometria mostrou aumento do numero de fibras amielínicas nos animais diabéticos em ambos os grupos, bem como maior área média e diâmetro mínimo médio dessas fibras nesses grupos. Entretanto, a porcentagem da área fascicular ocupada pelas fibras amielínicas e a relação entre o número de fibras mielínicas e amielínicas se mostrou reduzida nos animais diabéticos crônicos. Esses resultados sugerem a presença de degeneração das fibras amielínicas de pequeno calibre, o que desvia os valores médios para valores maiores. O maior número de fibras amielínicas pode indicar tentativa de regeneração dessas fibras, mas, como não há redução do número de fibras mielínicas e há redução da relação numérica entre as fibras mielínicas e amielínicas, essa regeneração não está acontecendo de forma suficiente para manter a relação numérica entre as fibras constante. Não houve diferença entre os animais que receberam tratamento com insulina e os que não receberam. Assim o diabete crônico, induzido experimentalmente, foi capaz de afetar as fibras amielínicas dos nervos frênicos de ratos e o tratamento com insulina não interferiu com esse processo. |