Estudo da expressão do canal para sódio dependente de voltagem nav1.6 nas células esféricas e globulares em arbusto do núcleo coclear do sistema auditivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: PAIVA, Geruza Olivieri de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/84
Resumo: O canal para sódio Nav1.6 apresenta algumas propriedades biofísicas notáveis como um baixo limiar de ativação, rápida inativação e a capacidade de gerar correntes de sódio ressurgente e persistente. Tais propriedades têm sido associadas a neurônios que disparam em alta frequência. O presente trabalho buscou estudar a expressão e localização celular desse canal durante o desenvolvimento neuronal pós-natal (P8, P15 e P30 dias) das células esféricas (SBCs) e globulares (GBCs) em arbusto do núcleo coclear do sistema auditivo. Para isso, reações de coloração pelo método de Nissl e imunofluorescência de dupla marcação foram realizadas em fatias do núcleo utilizando anticorpos contra as proteínas Nav1.6, proteína 2 associada à microtúbulos, anquirina-G e proteína de vesícula sináptica 2. Nossos resultados sugerem que o canal para sódio Nav1.6 é expresso nos neurônios em arbusto já no oitavo dia pós-natal, e que sua expressão acompanha o desenvolvimento neuronal permanecendo após sua maturação. A expressão do canal Nav1.6 é intensa nos segmentos iniciais do axônio (AISs) das células em arbusto, e sua densidade de marcação aumenta com a distância a partir do soma, apresentando um pico de fluorescência na região distal do AIS. A média da extensão da marcação anti-Nav1.6 nos AISs das SBCs em P15 (n=5) e P30 (n=17) foi de 17 +/- 0,8 e 19 +/- 0,6 µm, respectivamente, enquanto nas GBCs em P15 (n=6) e P30 (n=13) foi de 26,7 +/- 2,8 e 27,3 +/- 1 µm, respectivamente. A comparação entre a extensão da marcação anti-Nav1.6 nos AISs em cada tipo celular, nos diferentes estágios de desenvolvimento (P15 e P30), não se mostrou significante. Já a análise da extensão da marcação anti-Nav1.6 nos AISs, entre esses neurônios, mostrou-se significativa tanto em P15 como em P30. A alta concentração desse canal para sódio no AIS sugere que o Nav1.6 seja o canal responsável pela geração do potencial de ação nesses neurônios. A anquirina-G, uma proteína de ligação citoesqueleto-membrana, parece estar envolvida com a ancoragem desses canais no AIS. Nodos de Ranvier intensamente marcados pelo Nav1.6 foram observados na raiz nervosa e ao longo da região anteroventral do núcleo coclear, sugerindo que esse canal participa também na condução do potencial de ação em fibras nervosas da parte inferior do sistema auditivo. Experimentos adicionais poderão revelar se esse canal desempenha essas funções isoladamente, como sua alta densidade sugere, ou em associação com outros canais para sódio.