Transtorno mental: percepção do profissional do CAPS sobre sua formação e a participação da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BOGO, Mariane Santos Janczeski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/796
Resumo: A Reforma Psiquiátrica brasileira vem conduzindo diversas mudanças na compreensão e cuidado aos indivíduos com transtornos mentais, sendo o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) o serviço responsável pelo atendimento desses sujeitos. O cuidado da família adquire importância a partir da desinstitucionalização e desospitalização preconizados pela Reforma Psiquiátrica, como corresponsável pelo tratamento de seu familiar. Foram realizados dois estudos que tiveram como objetivo compreender como é o perfil dos profissionais que atuam no CAPS e o entendimento dos mesmos sobre o transtorno mental e a participação da família no tratamento de seu familiar com transtorno mental. Os estudos foram realizados com 10 profissionais de nível superior que trabalhavam em um CAPS 2 há pelo menos um ano. Os estudos foram pesquisas qualitativas. Foram realizadas entrevistas utilizando um roteiro de entrevista semiestruturado para cada estudo. Os dados foram tratados pela análise de conteúdo de Bardin e interpretados segundo a teoria familiar sistêmica e a literatura da área. A partir da análise do primeiro estudo, emergiram quatro categorias: 1- Formação profissional em saúde mental; 2- Percepção do profissional sobre o sofrimento mental; 3- Evolução do indivíduo com transtorno mental no tratamento; 4- Transtornos mais frequentemente atendidos no CAPS. A análise dos dados do segundo estudo produziu seis categorias: 1- Visão de família; 2- Desenvolvimento e avaliação das atividades com as famílias; 3- Envolvimento/participação da família no tratamento e nas atividades do CAPS; 4- Formas de acesso utilizadas pelos profissionais para conseguir o envolvimento da família no tratamento do usuário; 5- Mudanças no relacionamento família-usuário; 6- Repercussões do envolvimento da família no transtorno mental do familiar. A partir dos dados dos dois estudos, discute-se a complexidade do sofrimento mental, analisando os tipos e frequência que costumam ser mais atendidos no serviço, além do perfil e atuação dos profissionais que atuam nesse CAPS, demonstrando a evolução da Reforma Psiquiátrica. O CAPS oferece diversas atividades como os grupos de família, assembleias, palestras, seminários, passeatas, oficinas, atividades sócio culturais e beneficentes e a maioria dos familiares participam. Os profissionais do estudo avaliaram as atividades realizadas na instituição, tanto com usuários como com os familiares, acreditando corresponderem à proposta do CAPS, dentro da proposta psicossocial. Ressalta-se a importância da renovação e criação de novas estratégias de atuação e atividades com os usuários, além da participação e apoio da família, sendo essenciais para a reabilitação.