Perfil nutricional e ósteo-articular de pacientes com doença falciforme acompanhados no Hemocentro Regional de Uberaba-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FERREIRA, Taciana Fernandes Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/859
Resumo: Introdução: Os fenômenos vaso-oclusivos, a hemólise e o estado inflamatório crônicos são os principais determinantes das manifestações clínicas da Doença Falciforme (DF). Os indivíduos acometidos apresentam deficiência nutricional e manifestações ósteo-articulares de várias etiologias. Os objetivos deste estudo foram descrever o perfil epidemiológico, clínico, laboratorial, nutricional e ósteo-articular de pacientes com DF e verificar a existência de associação entre as alterações nutricionais e ósteo-articulares. Materiais e métodos: avaliação transversal de 55 indivíduos com DF SS e Sβ (Sβ0 e Sβ+), maiores de 14 anos fora do período de crise, acompanhados no Hemocentro Regional de Uberaba (HRU), através de entrevista clínica, análise de prontuários, avaliação do sistema locomotor, antropometria, exames laboratoriais, radiográficos e Densitometria Mineral Óssea (DMO). Resultados: 74,5% dos indivíduos apresentavam hemoglobinopatia SS e os demais Sβ0; 67,3% eram do sexo feminino, 78,2% não brancos. A idade média dos participantes era 30,5 ±11,5 anos. A maioria (61,8%), referia até 3 crises ao ano com predomínio de alta intensidade de dor (65,5%). Quanto á classificação nutricional, 7,3% dos pacientes apresentavam baixo PGC, 45,6% adequado PGC e 47,3% alto PGC. Na correlação do PGC com as características epidemiológicas e clínicas, foram observadas diferenças estatisticamente significantes quanto ao sexo, maior no feminino (p=0,0021), idade, maior nos mais jovens (p=0,0400), e número de crises ao ano, maior naqueles com crises menos frequentes (p=0,0178). Predominou DMO reduzida na amoestra total (54,8%), sem diferença estatística em relação às características epidemiológicas e clínicas. Alterações radiográficas estavam presentes em 80% dos participantes, sendo identificadas 140 lesões, a maioria em coluna, fêmur e ombros, sendo principalmente osteonecrose e osteoartrose. A maioria dos indivíduos com PGC baixo não apresentava lesões radiográficas (75,0%); a maioria daqueles com PGC adequado e alto apresentava entre 1 e 4 lesões (72,0% e 61,5% respectivamente). Conclusões: sexo, idade e número de crises álgicas apresentaram associação estatisticamente significante com o PGC. Nenhuma característica epidemiológica ou clínica associou-se às alterações radiográficas ou á DMO, o que indica que todos os indivíduos devem ser tratados igualmente, com a melhor terapêutica disponível. O PGC não apresentou relação com a DMO, mas apresentou tendência à associação com a quantidade de lesões radiográficas dos pacientes.