Uso do lodo residual da estação de tratamento de água em matriz de concreto para construção verde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LENZA, Giovanna Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1428
Resumo: O crescimento populacional impulsiona a expansão industrial e a construção civil, com isso tem-se geração de resíduos que devem ter a destinação final adequada. Assim, o desenvolvimento de tecnologias que reaproveitem esses resíduos se faz imperioso. Nesse ínterim, o reaproveitamento do lodo de sistemas de saneamento é uma alternativa com potencial a ser estudado. O tratamento de água para consumo humano utiliza reagentes químicos que auxiliam na geração do lodo de Estação de Tratamento de Água (ETA) que em grande parte no Brasil não tem descarte adequado. A remoção e tratamento desse lodo é realizada por raspadores de fundo e casas de desidratação e o material seco é levado aos aterros sem utilização aparente. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é avaliar o uso do lodo residual de ETA em matriz de concreto para construção verde. O estudo foi realizado com lodo residual da ETA Uberaba com capacidade de tratamento para 1.100 L.s-1 de água com geração de 180 toneladas de lodo mês. Houve a caracterização físico-química do lodo seguindo metodologia Standard Methods of Water and Wastewater e fez-se a adição ao concreto de diferentes concentrações de lodo nas proporções: 1,22, 1,54 e 1,78%. Realizou-se testes de resistência mecânica, compressão e de tração por compressão diametral. Todos os experimentos seguiram as respectivas Normas Brasileiras (NBR) da ABNT. A incorporação de lodo foi menor do que 2% em relação ao peso seco da areia no concreto resultou em resistência superior a 20 MPa, estipulado como valor mínimo para concretos estruturais. E consequentemente houve redução no consumo de areia. Diante disso, é possível inferir que a utilização do lodo de ETA pela construção civil pode contribuir com a redução desse passivo e possibilitar uma destinação final inovadora. Assim, uma nova tecnologia surge e que pode ser considerada uma alternativa ambiental salutar, uma vez que, gera economia de água potável na construção civil. Dessa maneira, a utilização do lodo de ETA como agregado de concreto contribui para a vertente da construção verde e tem viabilidade social, ambiental e econômica contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável.